Madureira muda sistema de pagamento e quer rastrear "marajás"

Preocupado com a existência de funcionários fantasmas, o prefeito de Várzea Grande João Madureira (PSC) promete fazer um novo "pente fino" na gestão municipal. A partir desta segunda (4) o pagamento dos servidores do Palácio Paço Couto Magalhães será efetuado por meio de cheque na própria sede do governo municipal. Segundo ele, os valores só serão entregues nas mãos dos funcionários. “Todos irão apresentar documentos e depois devem assinar um contra-cheque. Vai ser na base do cara, crachá!”, ironiza Madureira.

Investigações da Comissão Processante da Câmara apontam a existência de "fantasmas". O prefeito tampão pretende fazer uma espécie de auditoria, para saber se o quadro de servidores da prefeitura está correto. “É a forma que encontramos para saber quem realmente trabalha para o município e identificar os marajás”, argumenta Madureira.

Numa outra atitude polêmica, Madureira decidiu cortar gastos. Ele determinou que os funcionários passem a almoçar no Restaurante Popular. O prefeito acredita a medida vai gerar uma economia de 60% no orçamento. “Antes, nosso gasto era de R$ 110 mil por mês. A prefeitura pagava R$ 5,20 por refeição e, agora, vai nos custar apenas R$ 2,50. A comida é de primeira, eu mesmo já almocei lá varias vezes”, salienta.

O prefeito afirmou também que medidas drásticas estão sendo tomadas para que Várzea Grande saia do caos administrativo deixado pelo prefeito afastado Murilo Domingos (PR). “Não há um setor pior ou melhor, está tudo uma verdadeira desordem. Para se ter uma ideia, tenho saído daqui quase meia noite todos os dias para organizar e fazer com que a máquina volte a funcionar”, desabafa Madureira.

Apesar disso, ele se mostra otimista e comemora o repasse de R$ 1,5 milhão pelo governo estadual. Os recursos vão ser investidos na infraestrutura, principalmente na realização da operação tapa-buraco.