Pedido de Ralf é uma estratégia sórdida, afirma ex-relator Pop
O vereador Everton Pop (PP) criticou a retomada das discussões em torno da decisão do plenário, que cassou o mandato de Ralf Leite (PRTB), em 6 de agosto de 2009, por quebra de decoro parlamentar. “Passei mais de oito meses sendo babá de vereador e vejo que esse assunto está em pauta. Porque o senhor Ralf não cita que perdeu 11 ações judiciais em que tentava anular o trabalho da Comissão”, questionou Pop, que presidiu os trabalhos da Comissão de Ética.
O assunto voltou à tona depois que Ralf solicitou que o seu caso seja revisto pela Mesa Diretora. No documento encaminhado ao presidente da Casa Júlio Pinheiro, o ex-parlamentar aponta a existência de inúmeras irregularidades, que tornariam o trâmite nulo. Deucimar Silva (PP), que comandava o Legislativo, criticou a estratégia da defesa de Ralf, que na sua ótica, desmerece o trabalho investigatório realizado na época.
O progressista lembrou que Ralf já sofreu 11 derrotas na Justiça e que, por isso, não pode desmerecer o trabalho do Legislativo. “Esse rapaz já sofreu 11 derrotas no Judiciário e ainda vem aqui zombar da Câmara, querendo tomar posse com uma simples decisão administrativa, atropelando um julgamento do plenário. Isso é brincadeira”, reagiu Deucimar.
O vereador Domingos Sávio (PMDB), que relatou o processo, pondera que a defesa do ex-vereador está apenas fazendo um “jogo de marketing”, para colocá-lo na condição de vítima perante a sociedade. “Infelizmente, isso é uma estratégia de marketing sórdida, urdida na calada da madrugada por quem deseja desacreditar o nosso trabalho”, reclama Domingos Sávio.
Toninho de Souza (PDT), por sua vez, ponderou que Ralf pode aguardar o final do mandato para voltar ao legislativo por meio do voto da população. “Basta disputar as eleições de 2012, se eleger e, em 2013, estará aqui”, ponderou Toninho.
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