“Ele tem uma opinião que é polêmica, que vai contra o politicamente correto e que tem que ser respeitada. (...) O que a família Bolsonaro faz nada mais é do que valorizar conceitos e valores da família, valores éticos, valores morais e certamente isso incomoda muita gente”, afirmou Flávio.
A entrevista de Jair Bolsonaro foi veiculada na última segunda (28) no programa CQC, da TV Bandeirantes. Nela, espectadores fizeram perguntas sobre temas variados. Em uma das perguntas, a cantora Preta Gil questionou o que o deputado federal faria caso um filho seu se apaixonasse por uma negra. Em sua resposta, Jair Bolsonaro disse que não iria discutir promiscuidades e insinuou que a cantora vivia em ambientes promíscuos.
“A gente não está aqui para julgar ninguém. A Preta Gil faz o que quiser da vida dela. Agora, ela não pode querer achar que ela é um exemplo de moralidade para quem quer que seja”, comentou Flávio sobre a polêmica.
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ) entrou naquarta-feira (30) com uma representação contra o deputado Jair Bolsonaro por considerar que ele cometeu quebra de decoro parlamentar pelas declarações feitas durante a entrevista.
Homossexuais
Os filhos de Bolsonaro também comentaram as afirmações do pai sobre os homossexuais. “Ele (Jair Bolsonaro) entende que a homossexualidade é fruto do meio onde a pessoa convive. E nós não convivemos. Nós, graças a Deus, convivemos no meio familiar. Não convivemos em meios tão badalados, como alguns artistas gostam de frequentar. Essa é a posição dele, ele não está querendo se referir ao homossexualismo como uma doença”, disse Flávio sobre o fato de o pai ter respondido o que faria caso os filhos fossem gays. Na ocasião, Bolsonaro respondeu que os filhos tiveram boa educação e ele não corria esse risco.
“Em nenhum momento ele voltaria atrás (em relações as declarações). O que ele fala, inclusive, é que, no momento em que a pessoa completa 18 anos, ela faz o que quiser da vida dela. Mas, a partir do momento em que você deve respeito a alguém que te sustenta, eu acho que o mínimo que se deva fazer é existir uma reciprocidade”, comentou Carlos.
Ditadura
Os filhos comentaram ainda a opinião do pai sobre a ditadura militar. “Naquele tempo havia segurança, havia saúde, educação de qualidade, havia respeito. Hoje em dia a pessoa só tem o direito de quê? De votar. E ainda assim vota mal. É isso tudo que a população tem que repensar. Não adianta as pessoas quererem julgar o Bolsonaro pelo conjunto da obra, por ele defender o regime militar, por ele defender a família, por uma série de outros pontos que ele defende”, concluiu Flávio.
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