A produção industrial do país registrou crescimento de 1,9% em fevereiro, em relação ao mês anterior, que quase não variou, subindo apenas 0,2%, segundo pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (1º). Esse resultado é o mais elevado desde março de 2010, quando a produção avançara 3,5%. Na comparação com o mesmo período do ano anterior, foi verificado aumento de 6,9%. Nos últimos 12 meses, o indicador acumula alta de 8,6% e, no ano, de 4,6%.
De acordo com a pesquisa, dos 27 setores pesquisados pelo IBGE, 17 registraram expansão. Os destaques ficaram os os setores de alimentos, com alta de 6,7%, e veículos automotores, 4,7%. Na sequência, avnaços foram observados partindo de produtos de metal (7%), de metalurgia básica (3,3%), de equipamentos médico-hospitalares, ópticos e outros (11,0%), de máquinas para escritório e de equipamentos de informática (6,7%) e de bebidas (2,8%).
Na contramão, houve recuo da produção dos segmentos de produtos químicos (-3,7%), de edição e impressão (- 4,0%) e de material eletrônico e equipamentos de comunicações (-5,7%).
Em fevereiro, entre as categorias de uso, o segmento de bens intermediários teve alta de 1,3%, o maior avanço entre todas. A produção de bens de capital subiu 0,9%, e os setores de bens de consumo semi e não duráveis tiveram resultados negativos, de 0,2% e 2,3%, respectivamente.
Sobre 2010
Na comparação anual, o crescimento foi verificado em 22 das 27 atividades atividades pesquisadas pelo IBGE. O maior destaque ficou com veículos automotores, com alta de 24,1%, seguido por máquinas e equipamentos (9,5%), alimentos (6,2%), outros equipamentos de transporte (23,7%), produtos de metal (10,4%) e equipamentos médico-hospitalares, ópticos e outros (40,0%).
Especificamente quanto a produtos, os destaques partiram de automóveis, caminhão-trator, caminhões e veículos para transporte de mercadorias; aparelhos de ar condicionado, aparelhos carregadoras-transportadoras e motoniveladores; biscoitos, bolachas e carnes e miudezas de aves; aviões e motocicletas; estruturas de ferro e aço, partes e peças para bens de capital e fechaduras; e relógios.
Na outra ponta, entre os cinco setores que registraram taxas negativas, o principal impacto ficou com outros produtos químicos, com recuo de 8,7%, "pressionado pela menor produção em aproximadamente 50% dos produtos investigados no setor, por conta especialmente da paralisação não programada para manutenção em razão dos efeitos do desligamento do setor elétrico que afetou a região Nordeste no início de fevereiro."
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