Polícia erra e anuncia morte de vendedor; abuso contra enteados durava 10 anos, em Barra do Bugres
Família reforça denúncia e padrasto tarado fica preso
A Polícia Civil classificou de “desencontro de informações” a divulgação da soltura do vendedor Djalma Teodoro Alves, 36, preso na última quinta-feira (30), sob a acusação de abusar sexualmente dos três enteados e manter a família em cárcere privado, na cidade de Barra do Bugres (168 km a Médio-Norte de Cuiabá).
Preso também por porte ilegal de arma, ele conseguiu a liberdade provisória, mas, como a família havia confirmado que ele abusava sexualmente dos enteador, teve a prisão temporária decretada por cinco dias pela Comarca de Barra do Bugres.
Policiais civis acreditam que, confirmando o abuso sexual, Djalma deverá ter a prisão preventiva decretada, ficando à disposição da Justiça. “Ameaçar a família para retirada de queixa é grave”, observou um policial.
Os policiais informaram que a família havia retirado a queixa de abuso sexual, mas, depois, acabaram reafirmando as acusações iniciais, feitas na quinta-feira quando da prisão. Diante desse cenário, ele (Djalma) continua preso.
Confusão
Para complicar, alguns policiais chegaram a confirmar que um preso encontrado enforcado na cadeia de Barra seria Djalma, mas foi identificado, no fim da tarde de ontem, como sendo Edilson Marques, 44, preso também por violência doméstica.
Edilson estava na mesma cadeia que Djalma e os rumores de que o vendedor fora assassinado fez com que os familiares mudassem o depoimento.
Desfeitas as dúvidas, eles confirmaram a violência, que ocorria há mais de 10 anos, dentro de casa.
Abuso durou 10 anos
Djalma foi preso na quinta-feira à tarde, como o Midianews antecipou, por porte ilegal e abuso sexual, confirmado por familiares. A família reside em Barra do Bugres e a prisão foi realizada com ajuda de PMs do 4º Batalhão de Várzea Grande.
No momento da prisão, o relato de um dos enteados, um rapaz que agora tem 21 anos, impressionou os policiais. Ele disse que foi abusado pelo padrasto quando tinha 10 anos e que o homem também mantinha relação sexual com as duas enteadas.
O abuso foi tão frequente, que uma das enteadas hoje tem dois filhos com o padrasto. Não satisfeito, ainda espancava a família – a esposa e os enteados.
Os policiais descobriram que a coação era tanta que todos tinham medo de denunciá-los. Coube à mãe das vítima romper o silêncio e procurar a Polícia.
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