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Economia
Domingo - 03 de Abril de 2011 às 13:28

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O consumo de gás natural em Mato Grosso aumentou 85% no primeiro bimestre deste ano em relação a igual período de 2010. Nos 2 primeiros meses de 2011, a demanda estadual pelo combustível atingiu 337,85 mil metros cúbicos (m3), o equivalente a 10,9 mil metros cúbicos por dia. Já em 2010, a venda do produto atingiu apenas 182,16 mil (m3), aproximadamente 6 mil (m3) diariamente. No acumulado do ano passado o volume apresentou queda de 30%, somando 1,780 milhão (m3) ante 2,560 milhões (m3) registrados em 2009. Os dados foram divulgados pela Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás).

Para os proprietários de postos de combustíveis que abastecem com o produto, o insumo pode ser uma alternativa para os consumidores que não estão dispostos a pagar mais caro pelo litro do etanol e da gasolina, que tiveram um novo reajuste na sexta-feira (1º). O revendedor Joaquim Moraes ressalta que a economia no bolso do cliente, se comparado ao preço e rendimento do gás em relação a de outros combustíveis, poder chegar a 50% no fim das contas. Apesar da alternativa, ele reclama que o consumo ainda é baixo no Estado. "Vendemos cerca de 30 mil metros cúbicos por mês".

O taxista Joel Alves já percebeu a diferença no orçamento quando decidiu trocar o etanol pelo gás veicular. Ele comenta que a economia foi de até 60%. "Cheguei a pagar R$ 60 por dia para abastecer com o álcool, agora gasto cerca de R$ 25 diariamente com o gás". Para a conversão para este tipo de combustível, o taxista explica que gastou R$ 500, sendo R$ 400 somente com a mão de obra. Diferentemente dos consumidores que estão investindo no gás e tendo retorno financeiro, os donos de postos rateiam o prejuízo somado ao longos dos últimos 4 anos com tímido consumo do produto Estado. O empresário Ranmed Moussa diz que, em 2006, desembolsou R$ 700 mil para equipar o posto e se tornar apto a comercializar o gás.

Segundo ele, o retorno do investimento não atingiu nem 10% do valor aportado inicialmente. Ele explica que o fornecimento do combustível não transmite segurança aos consumidores. "A maioria não quer investir para mais tarde ter que tirar o equipamento do carro porque faltou o gás".





Fonte: A Gazeta

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