"Operação Caça-Fantasma" de Madureira ganha destaque nacional
O método utilizado pelo prefeito tampão de Várzea Grande, João Madureira (PSC), para identificar funcionários fantasmas na prefeitura foi exibida pelo Jonal Nacional deste sábado (2).
Madureira determinou que cada servidor fosse pessoalmente assinar o contra-cheque referente ao salário deste mês, o que provocou uma extensa fila de funcionários públicos em frente ao Paço Couto Magalhães. “No primeiro dia sabíamos que tinha alguma coisa, porque o gasto era muito”, declarou Madureira em entrevista. “É uma verdadeira operação caça-fantasmas”, destacou.
Ao RDNews, na última quinta (31), o prefeito tampão afirmou que as medidas drásticas estão sendo tomadas para que Várzea Grande saia do caos adminstrativo deixado pelo prefeito afastado, Murilo Domingos (PR).
Desde que assumiu o comando do município, há um mês, Madureira vem denunciando a existência de funcionários fantasmas entre os 6,5 mil servidores da prefeitura. Chegou a apontar outros abusos como o caso de uma auxiliar de limpeza que recebia um salário de aproximadamente R$ 9 mil. Com pouco mais de uma semana no cargo, demitiu quase 400 servidores comissionados e dias depois, recontratou quase metade deles.
Madureira quer rastrar marajás
Agora, para constatar a existência de servidores que recebem sem trabalhar, decidiu realizar o pagamento por meio de cheques, fazendo com que cada funcionário compareça pessoalmente ao Paço Couto Magalhães para assinar o contra-cheque e, assim, identitificá-los um por um. A medida, no entanto, desagradou os trabalhadores, que tiveram que enfrentar a longa fila. “Nós estamos sem almoçar, isso é desrespeito com o servidor público”, desabafou a auxiliar de serviços Lucilene Godói à reportagem do Jornal Nacional.
Insatisfeito, o sindicato dos professores de Várzea Grande vai recorrer à Justiça para suspender a medida. “A primeira providência é fazer uma auditoria e enquadrar o secretário que esteja cometendo crime, não existe fantasma que entra para folha de pagamento sem autorização do chefe maior", informou a presidente do sindicato, Maria Aparecida Cortez.
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