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Política
Terça - 05 de Abril de 2011 às 18:10
Por: Nathalia Passarinho

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A presidente Dilma Rousseff defendeu nesta terça-feira (5) investimentos na modernização das Forças Armadas como forma de garantir a paz e a soberania nacional. Segundo ela, o Brasil precisa possuir uma “força de dissuasão convincente” para proteger o próprio território. “Temos orgulho de viver em paz com nossos vizinhos, mas apenas uma força de dissuasão convincente garantirá a continuidade dessa paz”, disse.

A presidente recebeu, no Palácio do Planalto, a insígnia de Grã-Mestra da Ordem do Mérito da Defesa, maior condecoração militar, e participou da cerimônia de apresentação de novos oficiais-generais. Durante o evento, ela afirmou que as Forças Armadas não serão “elemento menor” da agenda nacional .

“Em um país ainda socialmente desigual poderia ser tentador dizer que investir nas Forças Armadas é um esforço ocioso. É um grande engano. As Forças Armadas não podem ser elemento menor na agenda nacional”, afirmou.

Investimentos
Dilma lembrou ainda da descoberta do pré-sal e do crescimento econômico brasileiro. De acordo com ela, as conquistas do Brasil chamam a atenção de outros países e reforçam a necessidade de bem equipar Exército, Marinha e Aeronáutica.

“O Brasil plenamente desenvolvido precisará de forças equipadas e modernas para cumprir suas atividades constitucionais. Não tenhamos ilusões, se o Brasil se abre para o mundo, o mundo se volta para o Brasil.”

Dilma também disse que exercerá uma liderança “aberta para o diálogo” e destacou que o Brasil atingiu uma democracia sólida e “maturidade institucional”, após um longo período de ditadura militar. “É com orgulho que constato nesse sentido a evolução democrática da sociedade brasileira. Um país que conta com Forças Armadas caracterizadas pelo estrito apelo às suas obrigações constitucionais. É um país que corrigiu seus próprios caminhos e alcançou um elevado nível de maturidade institucional”, disse.

Cortes
Apesar de Dilma defender investimentos nas Forças Armadas, o Ministério da Defesa foi um dos mais afetados pelo corte de R$ 50 bilhões no Orçamento de 2011. A pasta sofreu um contingenciamento de R$ 4,3 bilhões, que afetou os pagamentos relativos à aquisição, pelo governo brasileiro, de submarinos franceses, de helicópteros franceses e russos, e de aviões cargueiros nacionais.

Além disso, a presidente Dilma adiou a escolha dos caças que renovarão a frota da Força Aérea Brasileira. França, Estados Unidos e Suécia disputam a venda das aeronaves ao Brasil. Em fevereiro, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, informou que os desembolsos para a compra dos caças não aconteceriam, de qualquer maneira, em 2011.

"A decisão sobre os caças sai neste ano, mas o pagamento não seria feito em 2011 de qualquer forma", declarou ele na ocasião. Estão na disputa para vender caças ao Brasil, o Rafale, produzido pela francesa Dassault; o sueco Gripen NG, cuja fabricante é a Saab; e o FA-18 Hornet, da Boeing.
 






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