Protesto impediram passeio por Viaduto da Sefaz; estádio foi invadido
Valcke critica manifestantes e invasão da Arena Pantanal

“As pessoas têm liberdade para reivindicar e devem ir para as ruas defender o que elas querem, porque isso faz parte de uma democracia. Mas, você nunca deve fazer isso contra outras pessoas, outras categorias”, disse o cartola.

Segundo Valcke, o ato de hoje em Cuiabá o fez relembrar os protestos que marcaram os jogos da Copa das Confederações, em julho deste ano.

 

“De um lado, nós tínhamos centenas de pessoas protestando do lado de fora do estádio, ao mesmo tempo que em que milhares de pessoas assistiam aos jogos nas arenas. Você pode protestar, mas nunca contra outras pessoas. Há operários aqui trabalhando duro para fazer essa obra e merecem ter seu trabalho respeitado”, afirmou.

 

Manifestações

 

Enquanto aproximadamente 20 trabalhadores – entre professores e membros da Central Única dos Trabalhadores (CUT) – “batiam ponto” no viaduto, aguardando a chegada da comitiva e em protesto contra a postura do Governo do estado diante da greve dos professores, outros 50 trabalhadores invadiram a Arena Pantanal e se espalharam pelas arquibancadas e pela área onde será plantado o gramado.

 

A visita ao viaduto não durou nem cinco minutos, e o “passeio” pela obra, que estava previsto na programação da comitiva, foi cancelado por motivos de segurança.

 

No local, dezenas de policiais militares e oficiais das Rondas Ostensivas Tático Móvel (Rotam), bem como seguranças privados, impediram o acesso dos manifestantes à obra e aos representantes do Governo.

 

Na Arena Pantanal, o cenário foi ainda mais grave, com a Polícia entrando em confronto direto com alguns manifestante,s que, dentro do estádio, gritavam palavras de ordem contra o Estado e contra a Copa do Mundo.

 

Membro do COL, o ex-jogador Ronaldo foi alvo de xingamentos de alguns dos manifestantes e nem mesmo saiu para encontrar os operários após a coletiva, deixando a tarefa para o colega e também ex-jogador da Seleção Brasileira, Bebeto, que aproveitou o momento para dar autógrafos e tirar fotos com os trabalhadores.

 

Nesse ato, participaram não apenas professores, mas também membros de outras categorias em greve, como bancários e correios, bem como estudantes.