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Economia
Quarta - 06 de Abril de 2011 às 14:11
Por: Dayane Pozzer

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Os credores do frigorífico Mataboi na região Sul do Estado decidiram durante reunião na tarde desta terça-feira (5), no Sindicato Rural de Rondonópolis, que vão participar de forma unificada do plano de recuperação da empresa. O frigorífico fechou a unidade de Rondonópolis no último dia 28 e fez o pedido de recuperação judicial na Comarca de Araguari (MG). A dívida com pecuaristas e demais fornecedores, somente da região Sul do Estado, pode chegar a R$ 20 milhões.

Para o presidente do Sindicato Rural, Miguel Weber, os pecuarista não tem nenhum amparo em situações como essa. Além disso, na opinião de Weber, o fechamento da planta provoca um efeito cascata, pois atinge de forma indireta dezenas de empresas e seus colaboradores com a falta de pagamento. Para alguns fornecedores, o Mataboi já acumulava, antes do fechamento em março, mais de três meses de atrasos.

A assessoria jurídica do Sindicato Rural orientou os cerca de 80 credores presentes na reunião sobre os procedimentos e iniciativas que podem ser adotadas durante os trâmites do plano de recuperação do frigorífico. De acordo com o advogado Sérgio Guareschi, assim que o juiz da Comarca de Araguari deferir sobre o plano de recuperação, os pecuaristas e demais fornecedores têm 15 dias para verificar se estão habilitados na relação de credores do Mataboi. Se a empresa ficar fora da habilitação corre o risco de não receber.

O frigorífico tem o prazo de 60 dias após o deferimento para apresentar o plano de recuperação aos seus credores. Carlos Augusto Zanata, representante da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato), orienta que esse é o momento dos produtores rurais unirem as forças e comparecerem na Assembléia Geral dos Credores, que será realizada em Araguari e tem o prazo de 150 dias após o primeiro despacho para ser agendada.

Na Assembléia, o voto de cada credor para dizer se aceita ou não as propostas do plano de recuperação tem a mesma importância e validade. “A força do produtor é comparecer na Assembléia. A presença de um grande número de credores é o que vai favorecer a aprovação do plano da forma que for melhor para os próprios credores”, orientou. O juiz do caso também tem a mesma força de aprovar ou reprovar o plano de recuperação.

Também participaram da reunião representantes dos Sindicatos Rurais de Poxoréu, Pedra Preta, Primavera do Leste, Guiratinga, além de representantes da Associação dos Criadores do Sul de Mato Grosso (Criasul) e da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat). Com a aprovação da proposta unificada, os credores vão rechaçar possíveis propostas do frigorífico de forma individual, pois assim inviabilizam uma solução que atenda a todos, conforme opinião dos dirigentes do Sindicato Rural e da Famato.
 






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