Conselho de Saúde debate OSS
O clima é tenso no Hotel Fazenda Mato Grosso, onde a classe médica debate a contratação das Organizações Sociais de Saúde (OSS) para gerir hospitais no Estado. Na oportunidade, os vereadores e o prefeito de Várzea Grande João Madureira (PSC) devem apresentar uma carta de apoio ao novo sistema, contrariando o que defendem os sindicatos e associações ligados ao setor. Tanto Madureira, quanto os vereadores deram o aval para que o secretário estadual de Saúde Pedro Henry entregue o comando do Hospital Metropolitano, localizado na segunda maior cidade do Estado, para servir como projeto piloto do novo modelo.
A maioria dos vereadores da Câmara de Cuiabá também já aderiram à proposta de Henry, no entanto, os médicos do Estado são sumariamente contrários a tercerização dos hospitais. Entre os argumentos apontados pela categoria, está o fato das OSS não terem a obrigatoriedade de apresentar demandas ao TCE, o que causa desconforto à classe.
Num ato de repúdio, os médicos têm feito manifestações para tentar impedir a alteração. Há mais de um mês, por exemplo, decidiram cruzar os braços para, com isso, pressionar o governador Silval Barbosa (PMDB) a desistir da tercerização. Eles também cobram a criação de um Plano de Cargos, Carreiras de Salários (PCCS), a realização de concurso público e a regulamentação dos médicos, que atuam no Serviço Móvel de Urgência (SAMU). Eles atuariam de forma irregular, visto que o contrato desses profissionais supostamente prevê apenas a função de regulador e, não de socorrista.
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