O governo está avaliando incrementar a regulação na área de etanol, informou o diretor-geral da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), Haroldo Lima, buscando reduzir os problemas com a oferta e com os elevados preços do produto.
"A discussão é sobre incluir (tratar) o combustível etanol como combustível e não como produto agrícola. A regulação seria feita pela ANP, aí teria uma série de exigências, como garantias de suprimento, gestão de estoques", afirmou Gabrielli a jornalistas, após participar de encontro com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB)
"O grau disso (da regulação) eu não sei. A discussão não é nova", disse o presidente da Petrobras, acrescentando que o consumo de etanol superou o da gasolina no ano passado, o que mostra o tamanho da importância do produto para o país.
"É um combustível importante. A regulação não é para derrubar o preço. É mais para regular a estabilidade no fornecimento, para minimizar variações de preço".
O forte nível do preço do etanol nos últimos meses fez com que proprietários de carros flex optassem por abastecer com gasolina, o que elevou bastante a demanda pelo produto.
A Petrobras precisou realizar, pelo segundo ano seguido, importações de gasolina para garantir o suprimento no Brasil, em um período em que os preços do derivado no mercado internacional estão elevados, acompanhando o petróleo.
Questionado se a empresa fará novas importações de gasolina, Gabrielli afirmou ainda não saber.
Segundo ele, vai depender da demanda pelo produto nas próximas semanas.
Algumas usinas já começaram a processar a nova safra de cana do Brasil, e a expectativa é de que os preços do etanol caiam no mercado local.
(Por Carmen Munari)
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