Arqueólogos explicam esqueleto foi encontrado em posição reservada às mulheres
Gay das cavernas leva 5.000 anos para "sair do armário"
Cinco mil anos depois de ter morrido, o primeiro "gay das cavernas" foi descoberto por arqueólogos na República Tcheca. De acordo com os cientistas, o jeito como foi enterrado sugere que ele tinha uma orientação sexual diferente.
Descoberto em escavações na República Tcheca, o falecido homem da Idade da Pedra teria vivido entre 2.900 e 2.500 antes de Cristo. A informação foi revelada nesta quarta-feira (6) pelo jornal britânico Daily Mail.
Durante aquele período, os homens eram tradicionalmente enterrados sobre seu lado direito, com a cabeça apontando para o oeste, e as mulheres sobre seu lado esquerdo, com a cabeça apontada para o leste.
Neste caso, o homem estava deitado sobre seu lado esquerdo, com a cabeça em direção ao oeste.
Outra pista é que os homens geralmente eram enterrados com armas, martelos e facas, além de porções de comida e bebida para acompanhá-los para "o outro lado", explicaram os cientistas.
Já as mulheres eram enterradas com colares feitos de dentes, animais de estimação e brincos de cobre, além de jarros domésticos e um vaso na forma de ovo perto dos pés. O “homem das cavernas gay” foi enterrado com jarros domésticos e sem armas.
Os arqueólogos dizem que isso não deve ser um erro ou coincidência por causa da importância dos funerais durante aquela época, chamada de Era da Cerâmica Cordada por causa dos potes que eram produzidos.
“Graças à história e à etnologia, sabemos que as pessoas desse período levavam os funerais muito a sério, por isso é muito improvável que essa posição fosse um engano”, explicou Kamila Remisova Vesinova, chefe da pesquisa.
- É muito mais provável que fosse um homem com uma diferente orientação sexual, um homossexual ou um travesti.
Junto aos pés do esqueleto também foi encontrado um recipiente oval associado a enterros de mulheres.
Katerina Semradova, que faz parte da equipe de arqueólogos, disse que seus colegas já haviam desenterrarado, anteriormente, uma sepultura do período Mesolítico, na qual uma guerreira foi enterrada como um homem.
A pesquisadora acrescentou que feiticeiros da Sibéria também eram enterrados dessa forma, mas com ricos acessórios, apropriados a sua alta posição na sociedade.
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