YouTube terá canais exclusivos, diz "WSJ"
De acordo com o "Wall Street Journal", o Google, dono do YouTube, prepara mudanças no site, que passará a ter a canais "premium".
A ideia é que o site passe a contar com aproximadamente 20 desses canais, que teriam entre 5 e 10 horas semanais de programação original realizada por produtores profissionais.
Poderia haver, por exemplo, um canal de esportes, de artes e assim por adiante.
A aposta do Google é que há cada vez mais TVs que têm conexão com internet e quer conquistar audiência das pessoas que estão sentadas nos seus sofás.
Para isso, sempre segundo o "WSJ", o YouTube estaria disposto a gastar US$ 100 milhões para a criação de conteúdo original para seus canais "premium".
A expectativa é que a introdução desse novo modelo seja feita de maneira gradual. As primeiras mudanças teriam início até o fim do ano, e os primeiros funcionários para essa iniciativa já estariam sendo contratados.
NEGOCIAÇÃO
O Google ainda está em processo de negociação com vários interessados e nas últimas semanas esteve reunidos com diversas agências de Hollywood, como Creative Artists e William Morris Endeavor, discutindo a possibilidade de que seus clientes produzissem canais para o YouTube.
As discussões estão mais centradas em produtoras (e até mesmo diretores que tenham uma boa infraestrutura) do que em celebridades ou atores de cinema e TV.
A criação de conteúdo exclusivo marcaria mudança no modelo do YouTube, que construiu a sua popularidade com vídeos de indivíduos que ele ajudou a popularizar.
Exemplo recente é o clipe da música "Friday", da adolescente Rebecca Black, que já foi chamada de a pior canção do mundo e atraiu mais de 70 milhões de acessos.
O YouTube foi comprado em 2006 pelo Google em um negócio avaliado em US$ 1,65 bilhão. A empresa deu declarações recentes de que a aquisição já se pagou, mas não revela números.
Na época da compra, seus vídeos eram vistos por 100 milhões de pessoas diariamente. Hoje, essa conta chega a 2 bilhões -e, nos EUA, ele conta com 110 milhões de visitantes únicos.
O crescimento do site, porém, já teve a sua parcela de controvérsias. A principal delas com os grandes canais de TV dos Estados Unidos, como Fox, Viacom (dona da MTV) e NBC, que acusaram o site de usar seu conteúdo sem autorização.
A Viacom entrou na Justiça pedindo indenização de US$ 1 bilhão, mas perdeu em primeira instância no ano passado.
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