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Quinta - 07 de Abril de 2011 às 17:45

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Uma adolescente de 14 anos que teria sido torturada pela mãe e o padrasto, segundo a polícia, teve alta do hospital, nesta quinta-feira (7), após ficar internada durante 25 dias em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira. Ela foi encaminhada à unidade de saúde pesando 25 quilos e com fraturas na testa e na clavícula. A garota ainda não foi liberada porque é preciso aguardar uma decisão judicial que vai determinar quem ficará com a guarda dela.
 

Segundo o hospital, a adolescente conversa normalmente e, durante a internação, teve acompanhamento psicológico. De acordo com a unidade de saúde, a garota não quis ser pesada novamente. A última pesagem, feita no dia 24 de março, constatou que ela estava com 30 quilos e se alimentava bem.

De acordo com a delegada Dolores Tambasco, responsável pelo inquérito, a adolescente relatou que era obrigada a praticar sexo oral com o padrasto e com outros homens. Já o laudo médico ginecológico não apontou violência sexual, segundo a polícia. Ainda de acordo com a delegada, a garota também disse que ficava presa dentro de um galinheiro.

A mãe e o padrasto não ainda foram encontrados pela polícia.

Entenda o caso
No dia 14 de março, a adolescente foi encaminhada pelo Conselho Tutelar da cidade ao hospital. Segundo a unidade de saúde, ela chegou ao local desidratada, com várias feridas pelo corpo e bem abaixo do peso.

De acordo com a delegada Dolores Tambasco, a adolescente foi criada pela bisavó em Coronel Pacheco, também na Zona da Mata, e, há cerca de um ano, a mãe dela chegou à cidade vinda do Espírito Santo. Um tio da garota teria dito à polícia que, a partir dessa época, começou a notar alguns machucados na vítima.

Após algum tempo, a família da adolescente se mudou para Chácara, cidade também na Zona da Mata de Minas. Segundo a delegada, um motorista que ajudou na mudança notou que a garota estava muito debilitada e informou os agentes de saúde da cidade sobre o caso. Eles foram até a casa dela e acionaram o Conselho Tutelar.

No dia 15 de março, a mãe da adolescente a visitou no hospital e ameaçou a garota, de acordo com a delegada. A polícia proibiu a mulher e o companheiro de entrar na unidade de saúde e fazer contato com a menina.

Um inquérito foi instaurado no dia 15 de março para apurar as suspeitas de maus-tratos, tortura e abuso sexual.





Fonte: Do G1 MG

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