A Polícia Federal (PF) recebeu, nesta quinta-feira, uma determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ) de que volte a ser responsável pela escolta de Durval Barbosa, delator da operação Caixa de Pandora, que revelou o esquema do mensalão do DEM.
De acordo com a assessoria da PF, a corporação não chegou a fazer a proteção de Durval, porque ele não quis se adequar ao esquema de proteção. Barbosa deveria se mudar para ser protegido pela PF, o que se recusou a fazer. Desde setembro de 2010, ele é escoltado pela Polícia Civil do Distrito Federal.
Entenda o caso
O mensalão do governo do DF, cujos vídeos foram divulgados no final de 2009, é resultado das investigações da operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal. O esquema de desvio de recursos públicos envolvia empresas de tecnologia para o pagamento de propina a deputados da base aliada.
O então governador José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM) aparece em um dos vídeos recebendo maços de dinheiro. As imagens foram gravadas pelo ex-secretário de Relações Institucionais, Durval Barbosa, que, na condição de réu em 37 processos, denunciou o esquema por conta da delação premiada. Em pronunciamento oficial, Arruda afirmou que os recursos recebidos durante a campanha foram "regularmente registrados e contabilizados".
As investigações da Operação Caixa de Pandora apontam indícios de que Arruda, assessores, deputados e empresários podem ter cometido os crimes de formação de quadrilha, peculato, corrupção passiva e ativa, fraude em licitação, crime eleitoral e crime tributário.
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