Este mês os lojistas começam a elevar o preço dos itens vendidos no varejo estadual
Produtos ficarão mais caros

Em março, o custo para construir em Mato Grosso ficou em R$ 760,38 por metro quadrado, registrando um ligeira alta de 0,1% com relação ao valor praticado em fevereiro. Comparando com o mesmo período de 2010, quando somou R$ 694,75, o custo está 9,4% maior, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (7).

O presidente do Sindicato das Indústrias da Construção Civil de Mato Grosso (Sinduscon/MT), Cezário Siqueira, explica que a variação de março foi pequena e está dentro da expectativa. Conforme o representante das construtoras, é partir deste mês que o setor irá ter dimensão de como ficarão os custos. "Com o fim das chuvas o mercado aquece e os preços são reajustados. Vamos avaliar o comportamento da indústria", afirma com relação à produção de matéria-prima nacional.

Segundo o gerente da loja de materiais para construção Bigolin, Roberto Lazarotto, as fábricas anunciaram majoração entre 5% e 8% para a maioria dos produtos. "Em abril já repassamos alta de preço e em maio saberemos do impacto no segmento". Cezário Siqueira explica que entre os materiais que costumam registrar maiores altas estão cimento, aço e cerâmicas.

Acompanhado os preços, o movimento também tende a se intensificar dentro das lojas. De acordo com Lazarotto, com a estiagem as obras são retomadas ou iniciadas e as vendas geralmente crescem até 10% neste período.

Com relação à mão de obra, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Civil, Joaquim Santana, avisa que em maio é realizada a convenção coletiva da categoria e que neste ano os trabalhadores vão pedir um aumento de 20%. "Ano passado reivindicamos 17% e quase todas as funções foram contempladas. Apenas os cargos administrativos tiveram um reajuste menor, em média de 10%".

Além da revisão dos valores pagos aos trabalhadores, o sindicato reivindica a entrega de cesta básica, o pagamento de adicional de assiduidade e ainda o fornecimento obrigatório de café-de-manhã.

Entre o maiores desembolsos na hora de construir está na contratação de mão de obra, principalmente a qualificada. O presidente do Sinduscon, Cezário Siqueira explica que até mesmo no período de desaceleração no ritmo das obras faltam trabalhadores qualificados para atender a demanda. "Com a escassez de pessoas capacitadas. As empresas estão com dificuldades para fechar o quadro de funcionários e os salários ficam mais elevados".