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Sexta - 08 de Abril de 2011 às 14:06
Por: Evelyn Moraes

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O corpo de Bianca Rocha Tavares, 13 anos, uma das vítimas do massacre na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro, foi enterrada por volta das 14h20 desta sexta-feira (8) no cemitério do Murundu, que fica em Padre Miguel, também na zona oeste. Ela é irmã gêmea de Brenda Rocha Tavares, que permanece internada no Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), no centro do Rio. Os corpos de outras três meninas mortas na tragédia foram velados no Murundu.
 
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A bisavó de Bianca, Zilda de Oliveira Tavares, 84 anos, estava muito emocionada e passou mal durante o velório da menina. Ela foi atendida por médicos da rede municipal de saúde que estão de plantão desde cedo no local. Inconsolada, a aposentada disse que não se conforma com a morte da bisneta
 
- É muito desesperador. Ninguém aceita uma coisa dessas. Ele atirou nas minhas duas bisnetas. Entrou na escola, não quis saber de nada, saiu atirando. É muito triste.
 
Por volta das 11h desta sexta, foi enterrado corpo de Laryssa Silva Martins, 13 anos. Um pouco depois foi sepultada Mariana Rocha de Souza, 12 anos.
 
Passaram pelo cemitério o prefeito Eduardo Paes, secretário estadual de Segurança Pública, Joe Mariano Beltrame, a chefe de Polícia Civil, Martha Rocha, o comandante da Polícia Militar, coronel Mário Sérgio Duarte, o comandante da Guarda Municipal, coronel Lima Castro, o secretário municipal de Conservação e Serviços Carlos Alberto Osório e o subprefeito da zona oeste Edmar Teixeira.
 
Um helicóptero da Polícia Civil sobrevoou o cemitério do Murundu e jogou pétalas de rosas sobre as sepulturas. A aeronave da Polícia Militar acompanhou o sepultamento.  
 
Entenda o caso
 
Por volta das 8h de quinta-feira (7), Wellington Menezes de Oliveira, 23 anos (a polícia chegou a divulgar que ela tinha 24 anos, mas a idade foi corrigida posteriormente), ex-aluno da Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na zona oeste do Rio de Janeiro, entrou no colégio após ser reconhecido por uma professora e dizer que faria uma palestra (a escola comemorava 40 anos e realizava uma série de eventos comemorativos).
 
Armado com dois revólveres de calibres 32 e 38, ele invadiu uma sala de aula no primeiro andar e outra no segundo, e fez vários disparos contra estudantes que assistiam às aulas. Ao menos 12 morreram e outros 12 ficaram feridos, de acordo com levantamento da Secretaria Estadual de Saúde.
 
Duas adolescentes baleadas, uma delas na cabeça, conseguiram fugir e correram em busca de socorro. Na rua Piraquara, a 160 m da escola, elas foram amparadas por um bombeiro. O sargento Márcio Alexandre Alves, de 38 anos, lotado no BPRv (Batalhão de Polícia de Trânsito Rodoviário), seguiu rapidamente para a escola e atirou contra o abdome do criminoso, após ter a arma apontada para si. Ao cair na escada, o jovem se matou atirando contra a própria cabeça.
 
Com ele, havia uma carta em que anunciava que cometeria o suicídio. O ex-aluno fazia referência a questões de natureza religiosa, pedia para ser colocado em um lençol branco na hora do sepultamento, queria ser enterrado ao lado da sepultura da mãe e ainda pedia perdão a Deus.
 
Os corpos dos estudantes e do atirador foram levados para o IML (Instituto Médico Legal), no centro do Rio de Janeiro, para serem reconhecidos pelas famílias. Os velórios e os enterros serão realizados a partir desta sexta-feira (8).
 
A Divisão de Homicídios da Polícia Civil concluiu a perícia na escola no início da noite de quinta-feira. O inspetor Guimarães, responsável pela análise, disse que o assassino deve ter atirado de maneira aleatória contra os alunos. A polícia está investigando se os estudantes que morreram eram do 8º ano de escolaridade (antiga 7ª série). A perícia deve confirmar que as vítimas atingidas estavam sentadas na primeira fileira da sala de aula. 




Fonte: Do R7

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