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Cidades
Sexta - 08 de Abril de 2011 às 14:15
Por: Evelyn Moraes

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Até o meio da tarde desta sexta-feira (8), os corpos de seis estudantes vítimas do atirador que matou 12 alunos em uma escola em Realengo, na zona oeste do Rio de Janeiro, haviam sido enterrados. Os enterros aconteceram nos cemitérios Murundu, em Realengo, e Jardim da Saudade, em Sulacap, ambos na zona oeste. Outros três velórios estavam em andamento às 14h40 e a previsão é de que os sepultamentos ocorram a partir das 15h.
 
No cemitério do Murundu, já aconteceram três dos quatro sepultamentos previstos, dois pela manhã e um à tarde. De manhã, foram enterrados os corpos das estudantes Mariana Rocha de Souza, de 12 anos, e Laryssa Silva Martins, de 13 anos. A cerimônia foi marcada por muita emoção. A irmã de Laryssa, Camila Silva Martins, gritava a todo momento pela volta de sua irmã. As mães das duas estudantes passaram mal e tiveram que ser atendidas na tenda montada pela Secretaria Estadual de Saúde dentro do cemitério.
 
Por volta das 12h, o corpo de Milena dos Santos Nascimento, de 14 anos, chegou ao local e foi enterrado por volta das 14h20. Já o corpo de Bianca Rocha Tavares, de 13 anos, continua a ser velado.
 
Fotos: imagens mostram dia seguinte ao massacre
 
Vídeos: veja a cobertura completa desta sexta
 
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A tia da adolescente Milena, Ana Rosa Nascimento Alves, de 54 anos, mostrou toda sua tristeza e indignação com esta tragédia no Rio.
 
- Estou indignada por tudo isso. Antes mesmo de saber se a minha sobrinha tinha morrido eu já estava muito abalada. Estamos enfrentando um momento em que não há mais amor no mundo. A minha dor não é só pela minha família, mas também pelas outras mães que passam pelo mesmo sofrimento.
 
Sobre Milena ela disse que era uma menina muito extrovertida e alegre.
 
- Ela sonhava ser modelo para poder proporcionar um futuro melhor para sua família.
 
O corpo da Géssica Guedes Pereira, que foi velado em uma das capelas do cemitério Murundu, foi levado no início da tarde para outro cemitério em Ricardo de Albuquerque, também na zona oeste, onde será enterrado às 15h.
 
Outras quatro vítimas do atentado foram veladas no cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, na zona oeste. Até as 14h20, apenas uma ainda não havia sido enterrada. O sepultamento também está previsto para as 15h.
 
Algumas personalidades estiveram nos velórios no cemitério Murundu. Já passaram pelo local o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, o secretário de Conservação de Serviços Públicos, Carlos Roberto Osório, o secretário Estadual de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, a chefe da Polícia Civil, Martha Rocha, o comandante da Polícia Militar do Rio de Janeiro, Mário Sérgio Duarte, e o subprefeito da zona oeste do Rio, Edmar Peixoto.
 
Entenda o caso
 
Por volta das 8h de quinta-feira (7), Wellington Menezes de Oliveira, 23 anos (a polícia chegou a divulgar que ela tinha 24 anos, mas a idade foi corrigida posteriormente), ex-aluno da Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na zona oeste do Rio de Janeiro, entrou no colégio após ser reconhecido por uma professora e dizer que faria uma palestra (a escola comemorava 40 anos e realizava uma série de eventos comemorativos).
 
Armado com dois revólveres de calibres 32 e 38, ele invadiu uma sala de aula no primeiro andar e outra no segundo, e fez vários disparos contra estudantes que assistiam às aulas. Ao menos 12 morreram e outros 12 ficaram feridos, de acordo com levantamento da Secretaria Estadual de Saúde.
 
Duas adolescentes baleadas, uma delas na cabeça, conseguiram fugir e correram em busca de socorro. Na rua Piraquara, a 160 m da escola, elas foram amparadas por um bombeiro. O sargento Márcio Alexandre Alves, de 38 anos, lotado no BPRv (Batalhão de Polícia de Trânsito Rodoviário), seguiu rapidamente para a escola e atirou contra o abdome do criminoso, após ter a arma apontada para si. Ao cair na escada, o jovem se matou atirando contra a própria cabeça.
 
Com ele, havia uma carta em que anunciava que cometeria o suicídio. O ex-aluno fazia referência a questões de natureza religiosa, pedia para ser colocado em um lençol branco na hora do sepultamento, queria ser enterrado ao lado da sepultura da mãe e ainda pedia perdão a Deus.
 
Os corpos dos estudantes e do atirador foram levados para o IML (Instituto Médico Legal), no centro do Rio de Janeiro, para serem reconhecidos pelas famílias. Os velórios e os enterros serão realizados a partir desta sexta-feira (8).
 
A Divisão de Homicídios da Polícia Civil concluiu a perícia na escola no início da noite de quinta-feira. O inspetor Guimarães, responsável pela análise, disse que o assassino deve ter atirado de maneira aleatória contra os alunos. A polícia está investigando se os estudantes que morreram eram do 8º ano de escolaridade (antiga 7ª série). A perícia deve confirmar que as vítimas atingidas estavam sentadas na primeira fileira da sala de aula. 




Fonte: Do R7

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