Após retê-los por vários meses, o governo apresentou os resultados de um estudo feito em 2010 pela empresa de consultoria americana Ryder Scott, que confirma que a Bolívia caiu do segundo para o sexto lugar da América do Sul em reservas de gás natural.
Outra empresa de consultoria, DGolyer & MacNaugthon, afirmou em 2005 que a Bolívia tinha então 26,7 trilhões de pés cúbicos e o segundo lugar regional, atrás da Venezuela.
Relatórios extraoficiais recentes, publicados na revista da Câmara Boliviana de Hidrocarbonetos (CBH), assinalam que atualmente a Venezuela tem 200 trilhões de pés cúbicos, Peru 16, Trinidad e Tobago 15,3, Argentina 13,2, Brasil 12,9 e Colômbia 4,48.
O ministro de Hidrocarbonetos e Energia, José Luis Gutiérrez, e o presidente da empresa estatal Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB), Carlos Villegas, entregaram na cidade de Santa Cruz os resultados do estudo da Ryder Scott, empresa da qual exigiram uma revisão dos dados nos últimos meses.
"Com estes resultados, temos que acelerar a prospecção e a exploração dos campos para aumentar as reservas", reconheceu Gutiérrez.
As petrolíferas chamaram a atenção para a falta de garantias jurídicas e da incerteza política da Bolívia para fazer investimentos que permitam assegurar o fornecimento de gás aos principais seus clientes, Brasil e Argentina, e ao mercado interno.
No entanto, o vice-presidente boliviano, Álvaro García Linera, disse nesta sexta-feira em La Paz que "se pode garantir é o abastecimento do mercado interno, os processos de industrialização do gás e sua venda aos mercados externos, que estão garantidos na próxima década". EFE
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