Em governo itinerante, Alckmin enfrenta protestos e cobra Dilma

Munidos de faixas, bandeiras e cartazes, os ativistas se misturaram a uma plateia composta predominantemente por servidores públicos e assessores de prefeitos, deputados e vereadores. Com pleitos que iam do aumento da reserva legal da área da Jureia ao reajuste dos bônus salariais da educação, foram inflamados pelo discurso da prefeita Sandra Kennedy Viana (PT), que se queixava da instalação de uma penitenciária. "Temos 1% da população do Estado e não é justo que venha pra cá um presídio para 756 condenados, muitos de outras regiões", disse a petista, posicionada ao lado de Alckmin no palanque.

O governador abrandou os protestos com o anúncio de um pacote de obras para a região --que inclui desde reforma de estradas vicinais até o aparelhamento do hospital regional. E acabou aplaudido quando prometeu para setembro a inauguração do aeroporto local, desafiando o secretário Saulo de Castro Abreu Filho (Transportes). "Se em setembro não for feito o primeiro pouso, ele terá que descer de para-quedas aqui".

Antes, pela manhã, o tucano cobrou do governo federal mais agilidade na duplicação da rodovia Régis Bittencourt, que corta Registro.
"A rodovia Régis Bittencourt é federal e está concessionada. Então cabe ao Ibama acelerar as aprovações ambientais, que é federal por meio da agência reguladora, apertar a concessionária por ela não está cumprindo o prazo e por as obras estarem atrasadas."

O "governo itinerante" permitiu a prefeitos de 23 cidades do Vale do Ribeira contato direto com secretários estaduais e dirigentes de empresas estatais. Distribuídos em salas num centro cultural, os assessores de Alckmin receberam os políticos regionais em audiências e catalogaram as demandas individuais. As próximas escalas serão nas regiões de Presidente Prudente, Itapeva e nos municípios históricos do Vale do Paraíba.