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Polícia
Sábado - 09 de Abril de 2011 às 20:06
Por: Rodrigo Teixeira

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Reinaldo Marques/Terra
Izaías de Souza e Charleston Souza de Lucena afirmaram estarem arrependidos de terem vendido uma das armas ao atirador
Izaías de Souza e Charleston Souza de Lucena afirmaram estarem arrependidos de terem vendido uma das armas ao atirador

Os dois acusados de terem vendido a arma utilizada pelo atirador Wellington Menezes de Oliveira durante o ataque à escola em Realengo na última quinta-feira, Izaías de Souza e Charleston Souza de Lucena, foram transferidos para o presídio Ary Franco, em Água Santa (RJ), no início da tarde deste sábado.

A operação para a transferência foi sigilosa. Os jornalistas que aguardavam em frente à Divisão de Homicídios da Polícia Civil do Rio de Janeiro foram despistados, pois os acusados deixaram o local pela parte de trás do prédio.

Ao deixar a delegacia, já no meio da tarde, o delegado e diretor da Divisão de Homicídios da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Felipe Ettore, afirmou não ter mais nada a declarar sobre o caso neste sábado. "Eu já falei tudo que tenho que falar. Tenho que dormir um pouquinho. Acho que acordo só segunda-feira", disse ao entrar em seu carro, um Fiat Uno preto.

Antes da transferência, os acusados passaram por exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML), local onde o corpo do atirador Wellington ainda aguarda reconhecimento para ser enterrado.

Prisão
Os dois foram presos por agentes do Serviço Reservado do 21º BPM, em Sepetiba. A arma teria sido adquirida por R$ 260 de um terceiro homem, que ainda não foi identificado, e cada um dos acusados ganhou R$ 30 pela intermediação.

Izaías, encontrado pela equipe da Coordenadoria de Inteligência da PM e pelo 3º Comando de Policiamento de Área, tem três passagens pela polícia: em 1990, por uso do documento falso; em 2006, por ameaça e, no ano passado, por porte de droga para uso próprio.

Charleston contou que prestou serviço para Wellington, que lhe perguntou sobre venda de arma. Ele, então, indicou Izaías, que já foi investigado por envolvimento com milícias.

Atentado
Um homem matou 12 estudantes a tiros ao invadir a Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro, na manhã do dia 7 de abril. Wellington Menezes de Oliveira, 24 anos, era ex-aluno da instituição de ensino e, segundo a polícia, se suicidou logo após o atentado. O atirador portava duas armas e utilizava dispositivos para recarregar os revólveres rapidamente. As vítimas tinham entre 12 e 14 anos. Outras 18 ficaram feridas.

Wellington entrou no local alegando ser palestrante. Ele se dirigiu até uma sala de aula e passou a atirar na cabeça de alunos. A ação só foi interrompida com a chegada de um sargento da Polícia Militar, que estava a duas quadras da escola quando foi acionado. Ele conseguiu acertar o atirador, que se matou em seguida. Numa carta, Wellington não deu razões para o ataque - apenas pediu perdão a Deus e que nenhuma pessoa "impura" tocasse em seu corpo.

Com informações da Agência O Dia.





Fonte: Terra

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