Polícia intervém para evitar confronto em ato pró-Bolsonaro
Dez pessoas foram detidas neste sábado (9) em ato que opôs grupos favoráveis e contrários às declarações do deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), em São Paulo. Durante a manifestação, realizada no vão livre do Masp, na capital paulista, a polícia teve de interferir para evitar o confronto entre os grupos. Entre eles, oito que apoiavam o deputado, denunciado na Câmara por racismo e homofobia.
Alguns deles, segundo os policiais, já tinham passagem pela polícia por racismo. Além das detenções, foram registradas apreensões de um bastão, pedaços de metal e madeira e “estrelinhas nija”.
A Polícia Militar fez um cordão de isolamento para impedir que o grupo pró-Bolsonaro, responsável pela convocação do ato, e o formado por estudantes e militantes negros, gays e simpatizantes, que se reuniu para tentar impedir a manifestação, entrassem em confronto. De acordo com as agências de notícias, houve provocações dos dois lados. Enquanto os apoiadores do deputado gritavam “ser heterossexual não é ser radical”, o outro grupo gritava “fascistas, morram”.
Já estão na Corregedoria quatro das seis representações movidas por deputados e entidades contra o parlamentar fluminense com base nas declarações dele ao programa CQC, da Band.
Perguntado pela cantora Preta Gil o que faria se um de seus filhos se apaixonasse por uma negra, Bolsonaro respondeu: "Preta, não vou discutir promiscuidade com quem quer que seja. Eu não corro esse risco porque meus filhos foram muito bem educados e não viveram em ambiente como lamentavelmente é o teu".
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