O presidente de Honduras, Porfirio Lobo, agradeceu neste sábado o "movimento" iniciado pela Colômbia para impulsionar a reincorporação de seu país à Organização dos Estados Americanos (OEA), depois de se reunir com seu colega Juan Manuel Santos e com o líder da Venezuela, Hugo Chávez.
"Ficou muito feliz que se tenha iniciado um movimento para a incorporação de Honduras aos organismos regionais como a OEA", disse Lobo em uma breve declaração à imprensa ao fim do encontro, que ocorreu na Casa de Hóspedes Ilustres da cidade caribenha colombiana de Cartagena, onde ainda seguem reunidos Santos e Chávez.
Agradeceu em particular à chanceler colombiana, María Ángela Holguín, por sua busca de "mecanismos para que cada vez mais a relação entre os povos se fortaleça".
A surpreendente visita a Cartagena de Lobo, cujo Governo não é reconhecido por Chávez, foi anunciada neste sábado pelo próprio por Santos, que esperava com ela, segundo suas próprias palavras, "dar um passo adicional em direção a uma definição para o problema de Honduras com a OEA".
O organismo interamericano suspendeu Honduras e adotou sete recomendações que instaram, entre outras coisas, a "colocar fim" aos juízos iniciados contra o ex-presidente Manuel Zelaya durante o regime de fato posterior a sua derrocada por um golpe militar em junho de 2009.
Na América do Sul, Argentina, Brasil, Bolívia, Equador e Venezuela não reconhecem ao Governo de Lobo, que assumiu em janeiro de 2010, e exigem o retorno incondicional a Honduras de Zelaya, quem reside na República Dominicana.
Lobo não deu detalhes da conversa deste sábado com Santos e Chávez sobre o retorno de Zelaya a Honduras e unicamente disse que tratou sobre o tema e que informou ao colombiano e ao venezuelano "dos avanços nesse campo", sem mais detalhes.
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