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Cidades
Segunda - 11 de Abril de 2011 às 15:06

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O principal suspeito da morte das duas irmãs adolescentes em Cunha, cidade a 231 km de São Paulo, Ananias dos Santos, disse durante interrogatório que matou, primeiro, a irmã mais velha, de 16 anos, com um tiro no rosto. Ele confessou ser o autor das mortes das duas adolescentes, durante a sua prisão, realizada na madrugada desta segunda-feira (11). As informações são do DIG (Departamento de Investigações Gerais) de Guaratinguetá.

De acordo com o delegado assistente Francisco Sanini, Santos afirmou que matou as duas irmãs sozinho, sem ajuda de comparsas – umas das linhas de investigação apurava a possibilidade de mais uma pessoa como colaboradora do assassinato.

Ele teria dito, segundo o delegado, que matou as meninas porque era constantemente humilhado por elas – Santos disse ser apaixonado pela irmã mais nova, de 15 anos. Mesmo assim, ele disse estar arrependido.

Ainda segundo a Polícia Civil, ele foi localizado na casa de uma irmã, que fica no mesmo município em que o crime foi cometido. O suspeito não teria resistido à prisão e chorou ao ver fotos dos corpos das vítimas em decomposição.

De acordo o DIG, responsável pela prisão do suspeito, pela manhã ele estava acompanhado de policiais em busca de uma carabina calibre 22 usada no dia do crime. A arma foi localizada a 60 km de distância de onde os corpos foram encontrados, em uma área de mata fechada.

O delegado Sanini afirmou que Santos conhecia bem a região, de mata fechada, em que teria usado para matar as irmãs. Ainda de acordo com o DIG, após o depoimento, o homem deve ser transferido para a Cadeia Pública de Guaratinguetá.

Procurado

Ananias dos Santos integrava a lista dos mais procurados pela Justiça de SP. Segundo a SSP (Secretaria de Segurança Pública), além de ser procurado pela morte das jovens, ele responde por evasão, formação de quadrilha, roubo, porte ilegal de armas e constrangimento ilegal.

Pelo crime das irmãs, ele deve responder por homicídio e porte ilegal de armas. Ele também é suspeito da morte de um casal em Paraty (RJ), quando fugiu da penitenciária de Tremembé, a 147 km de São Paulo.

Os corpos das irmãs foram encontrados na zona rural de Cunha, no dia 28 de março, já em avançado estado de decomposição. As estudantes estavam desaparecidas desde o dia 23.

O resultado dos exames do IML (Instituto Médico Legal) de Guaratinguetá apontou que as duas foram baleadas no peito e na cabeça, mas as irmãs não tinham sinal de que haviam sofrido violência sexual.

 

A Polícia Civil confirmou que os corpos foram encontrados com a ajuda do próprio Santos. A informação foi revelada durante inquérito policial. Uma testemunha informou que Santos disse ter visto dois corpos às margens de um rio, o mesmo local em que as irmãs foram encontradas.

As afirmações teriam sido feitas pelo suspeito a testemunhas em Pindamonhangaba, durante a fuga de Santos. Ainda de acordo com a polícia, Santos fugiu de Cunha por medo de ser detido, uma vez que ele já era foragido da Justiça.






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