Os sintomas só aparecem na fase aguda da doença, que dura cerca de seis meses e não diminui quando desaparecem os sinais, mas apenas quando revela o exame de sangue. Nesse período, a mulher não pode engravidar.
Entre as sequelas graves que a toxoplasmose pode causar ao feto, estão microcalcificações cerebrais e problemas oculares como microftalmia (olhos pequenos). Se a gestante adquirir a doença tardiamente e fizer o tratamento, a criança pode nascer sem consequências sérias.
Rosenthal destacou que, após seis meses, a doença passa de aguda para crônica. Se a pessoa teve o problema aos 15 anos, quando tiver 60 o exame ainda vai acusá-lo, pois fica uma marca sorológica no organismo.
Em pacientes de câncer, aids ou outro tipo de deficiência imunológica, a toxoplasmose pode se exacerbar em forma de meningite, pneumonia e até cegueira. O médico afirmou que mordidas, arranhões, beijos, sangue e saliva de gatos não transmitem a doença.
De acordo com Rosenthal, não é tão difícil engolir as fezes dos animais, pois, ao pegá-los no colo após terem feito cocô, pode-se levar inadvertidamente a mão à boca, e não é possível ter consciência disso, pois o nível das partículas é microscópico.
O médico ressaltou também que toxoplasmose não se pega de pessoa para pessoa e que não há riscos se o gato for criado em apartamento, só comer ração e não tiver contato com outros animais. Já os felinos que andam nas ruas, gostam de passear, caçar e consumir restos de alimentos podem contrair a doença, assim como os que frequentam parques públicos e areias.
Os gatos domésticos devem fazer cocô sempre dentro de um recipiente, e o dono deve retirar as fezes com luvas e jogá-las direto na privada. Por fim, Rosenthal explicou que o gado, porcos e carneiros adquirem toxoplasmose pelo pasto onde gatos contaminados passaram. O parasita fica nos músculos desses espécimes, e o homem entra em contato com ele por ingestão.
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