Arenápolis News - arenapolisnews.com.br
Cidades
Segunda - 11 de Abril de 2011 às 16:18

    Imprimir


O pai do estudante que avisou a polícia sobre o tiroteio na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, Renato Cunha, afirmou nesta segunda-feira que faz questão, mesmo contra a vontade do filho, que ele retorne a estudar na instituição. Roger, 15 anos, estava em uma das salas em que o atirador Wellington Menezes de Oliveira entrou e matou parte das 12 crianças.

Roger e seu irmão, que também estuda na escola, não querem mais entrar na Tasso da Silveira. "Eles não querem nem passar pelas ruas perto", afirmou o pai. No entanto, Renato diz que quer que os dois continuem estudando na instituição. "Vai ter muita conversa com os psicólogos. Tenho certeza que, com a ajuda dos profissionais, vamos superar esse problema. Faço questão que eles estudem aqui", disse.

O pai voltou nesta segunda ao colégio para recolher o material de Roger. A mochila, que ainda tem manchas de sangue, será descartada para que o filho não se lembre da tragédia. "Vou tirar o material que está aqui dentro e vou jogar a mochila fora", disse Renato. No final da manhã, a escola liberou a entrada dos pais.

Roger conseguiu avisar os policiais depois de fugir da escola, quando encontrou uma blitz na rua Piraquara. Os policiais militares chegaram à escola e impediram que o atirador fizesse mais vítimas. "Eu nunca tinha visto uma blitz na rua Piraquara antes. Foi Deus mesmo que colocou os policiais ali, naquele dia", afirmou o pai.

Atentado
Um homem matou pelo menos 12 estudantes a tiros ao invadir a Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro, na manhã do dia 7 de abril. Wellington Menezes de Oliveira, 24 anos, era ex-aluno da instituição de ensino e, segundo a polícia, se suicidou logo após o atentado. O atirador portava duas armas e utilizava dispositivos para recarregar os revólveres rapidamente. As vítimas tinham entre 12 e 14 anos. Outras 18 ficaram feridas.

Wellington entrou no local alegando ser palestrante. Ele se dirigiu até uma sala de aula e passou a atirar na cabeça de alunos. A ação só foi interrompida com a chegada de um sargento da Polícia Militar, que estava a duas quadras da escola quando foi acionado. Ele conseguiu acertar o atirador, que se matou em seguida. Em uma carta, Wellington não deu razões para o ataque - apenas pediu perdão de Deus e que nenhuma pessoa "impura" tocasse em seu corpo.






Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://arenapolisnews.com.br/noticia/68140/visualizar/