"O fato de a avó estar tentando há mais de um ano e meio um contato com a criança e sequer uma visita consular tenha sido assegurada nos EUA é algo que nos remete a situação de desrespeito muito grande à situação do Brasil e dos direitos da criança. Vamos estabelecer uma negociação onde apoiaremos a avó, seja junto aos advogados, ao Departamento de Estado americano ou às autoridades. Queremos que exista uma reciprocidade", disse a ministra.
Sean mora com o pai, David Goldman, nos Estados Unidos, desde dezembro de 2009. O menino foi entregue ao pai por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) e, na época, uma das condições era que a família brasileira tivesse contato com o garoto. O advogado de Silvana Bianchi, Carlos Nicodemos, reconhece que, agora, houve uma tomada de posição do governo brasileiro e o caso virou uma questão entre Estados. Para o advogado, o cumprimento do direito da avó virou um interesse do Estado brasileiro.
Em comunicado conjunto, Dilma Rousseff e Barack Obama afirmaram que há disposição para solução de situações pendentes relativas às crianças entre os dois países. "Agora, eu saio daqui com a certeza de que o Brasil está junto comigo para me ajudar a visitar meu neto", disse a avó de Sean.
Segundo Silvana Bianchi, o pai de Sean colocou muitas imposições para permitir a visita, como o pagamento dos honorários da advogada e a retirada das ações na Justiça que pedem a volta do garoto. Uma ação, impetrada pelos advogados de Silvana, tramita no STF para que Sean seja ouvido sobre o caso.
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