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Política
Quarta - 13 de Abril de 2011 às 06:34

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Na defesa que entregará à Corregedoria da Câmara, o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) afirmou que vai comparar seu caso ao de deputados que se equivocaram ao assinar, em 1993, um projeto fantasioso que previa o retorno da escravidão no Brasil. Ele deve entregar o documento na quarta-feira, último dia do prazo. As informações são da Agência Câmara.

Em 1993, mais de 50 deputados assinaram um projeto fantasioso distribuído pelo jornal Folha de S. Paulo para retornar o Brasil à condição de colônia de Portugal e restabelecer a escravidão no País - o objetivo do periódico seria provar que os parlamentares não liam as propostas antes de assiná-las. "Esses que assinaram tal proposta se equivocaram ou são racistas? Quando outros erram é humano, quando eu erro é racismo?" disse o progressista.

Bolsonaro afirmou ainda que vai chamar como testemunhas alguns dos deputados que assinaram a chamada "PEC da Escravatura", entre eles o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu. Ele disse que está elaborando o documento de defesa com a ajuda apenas do seu chefe de gabinete. "A pessoa que procura um excelente advogado é porque tem culpa no cartório".

Homofobia
Sobre as críticas de que seja homofóbico, Bolsonaro disse que vai continuar combatendo ações do governo como o Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos LGBT e a distribuição, nas escolas, de cartilhas anti-homofobia elaboradas pelo Ministério da Educação.

"Passar filminho pornográfico para estudantes do segundo grau é para estimular o homossexualismo". "A minha briga não é com esse homossexual bípede que anda e corre por aí; o que não quero é que o kit gay chegue à molecada que ainda está engatinhando", disse.

Bolsonaro chegou a censurar o apresentador da TV Bandeirantes Marcelo Tas, que afirmou ter orgulho de sua filha homossexual. "Eu teria vergonha de ter uma filha lésbica ou um filho gay e duvido que um pai queira ter um filho homossexual. Para mim, é igual à morte".

Polêmica de Bolsonaro
No programa CQC, da TV Bandeirantes, veiculado no dia 28 de março, em resposta à cantora Preta Gil, que perguntou ao deputado o que ele faria se seu filho se apaixonasse por uma mulher negra, Bolsonaro disse: "Não vou discutir promiscuidade com quem quer que seja. Não corro esse risco porque os meus filhos foram muito bem educados e não viveram em ambientes como lamentavelmente é o teu".

No entanto, o deputado afirmou em nota divulgada no dia seguinte que entendeu errado a pergunta e achou que a artista se referia a uma relação homossexual. O comentário do parlamentar gerou protestos de fãs da cantora, artistas, parlamentares, entidades do movimento negro e da comunidade LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais).





Fonte: Terra

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