Eder deve acumular Agecopa e Casa Civil
Braço-direito do governador Silval Barbosa (PMDB), o secretário-chefe da Casa Civil, Eder Moraes, deverá ser indicado pelo chefe do Executivo para presidir a Agecopa, agência responsável por preparar Cuiabá para receber jogos da Copa do Mundo de 2014. A nomeação de Eder precisa do “crivo” dos deputados estaduais, mas nos bastidores o nome do secretário já tem o aval de parlamentares e de diretores da Agecopa.
O único empecilho à nomeação de Eder é a insistência do secretário em permanecer no comando da Casa Civil. A própria Agecopa tem dotação orçamentária vinculada à pasta. Fontes do Palácio Paiaguás e da Assembleia garantem que há legalidade na acumulação dos cargos. Porém, o presidente da Comissão de Constituição e Justiça da AL, Ademir Brunetto (PT), tem entendimento contrário.
Enquanto os parlamentares divergem na interpretação do dispositivo legal, Silval ganha tempo para analisar se a acumulação de cargos por Eder não vai comprometer a administração estadual, já que o secretário tem a atribuição de intermediar as articulações políticas com aliados, opositores e ainda contornar as crises internas que eventualmente geram desgaste à imagem do governador.
Se de um lado o perfil de Eder cai como uma luva para desemperrar as obras da Agecopa e dizimar as picuinhas internas entre os diretores, por outro Silval teme ficar sem o aliado nas funções estratégicas do governo. O governador participa de reuniões, ouve aliados, mas só deve “bater o martelo” após o encontro com os deputados, agendado para a próxima quinta (14).
Nesta terça, o nome do chefe de gabinete de Blairo Maggi no Senado, Eumar Novacki, chegou a ser cogitado para presidir a Agecopa. Contudo, o militar demonstra resistência e alega estar focado no trabalho desempenhado no Congresso. O próprio Maggi já descartou a possibilidade de Novacki deixar o gabinete em Brasília.
Caso o nome de Eder seja indicado pelo governador e avalizado pela Assembleia, ele será o primeiro presidente da Agecopa num modelo de gestão centralizado, com subordinação direta ao governador. Na última semana, os deputados aprovaram, em segunda votação, o projeto que altera o sistema administrativo de diretoria colegiada, com sete diretores, para presidencialista, com um presidente auxiliado por seis diretores.
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