Pode ser volta do empresário a grupo político que pertencia
Mauro Mendes seria o presidente da Agecopa
Envolvendo várias lideranças partidárias, o arranjo marca a volta de Mendes ao grupo político onde esteve por longo período e do qual se desligou antes do pleito de 2010, quando deixou o PR e se filiou ao PSB. O governador Silval Barbosa (PMDB) cuidou pessoalmente do "acordão" que contou com o respaldo do senador Blairo Maggi (PR) e do presidente da Assembleia Legislativa, José Riva (PP).
A decisão deve causar bastante repercussão, mas o primeiro impacto será para o senador Pedro Taques (PDT), que disputou as últimas eleições batendo chapa com o empresário e com quem já articulava uma aliança para a disputa à prefeitura de Cuiabá no ano que vem. Taques sonha em começar uma corrida para o governo do Estado em 2014, vencendo as eleições em municípios chave como Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis, Lucas do Rio Verde, entre outros municípios pólos graças à força política daqueles que o senador pedetista considera como seus aliados.
Mauro Mendes chegará à presidência da Agência Executiva de Obras da Copa do Mundo 2014 com carta branca até para substituir toda a diretoria, composta por Yênes Magalhães, Roberto França, Carlos Brito, Yuri Bastos Jorge e Jefferson Castro. Já o indicado pela prefeitura de Cuiabá, o economista Agripino Bonilha, não deverá sofrer alterações.
Há dias nos bastidores políticos o retorno de Mauro Mendes para o PR, liderado por Blairo Maggi, é cogitado nos meios da imprensa, o que depois de muito ser propagado acabou sendo negado pelo senador, mas assim mesmo, permeia nos meios a crítica e a defesa de alguns ao retorno do empresário que concorreu pela primeira vez pelo PR para prefeitura de Cuiabá e com a incerteza de que poderia ser candidato ao governo do Estado em 2010, preferiu migrar para o PSB, onde teve momentos atribulados e de difícil convivência que acabaram contribuindo para sua derrota nas eleições de 2010, quando Silval Barbosa se sagrou vencedor no primeiro turno.
O empresário se demonstrou surpreso com a informação, frisando que esta teria sido a primeira vez que ouvira falar no assunto dele assumir a Agecopa. Mas evitou negar ou entrar em confronto político, por causa de sua condição de oposição ao atual grupo político no poder, do qual foi aliado por muitos anos, até o final de 2009.
Sempre tranquilo, Mauro Mendes ponderou que não pensa em ocupar cargos públicos, em que pese reafirmar que não desistiu da política eleitoral, preferindo manter o sigilo em relação ao seu futuro que pode ser Cuiabá em 2012 ou governo do Estado em 2014.
A diferença é que se assumir a Agecopa, Mauro Mendes é obrigado a deixar qualquer partido político e fica impedido de disputar eleições até 2014, ano da Copa do Mundo.
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