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Cidades
Quarta - 13 de Abril de 2011 às 08:27
Por: Silvana Ribas

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Wellington Gonçalves e Wellington Nunes foram os primeiros presos pelo crime; na delegacia confessaram e em juízo voltar
Wellington Gonçalves e Wellington Nunes foram os primeiros presos pelo crime; na delegacia confessaram e em juízo voltar
Três homens acusados de degolar e atear fogo no corpo do trabalhador braçal Robert Sant"Ana Pereira, 20, enfrentam hoje o júri popular, a partir das 13h30, em Cuiabá. O assassinato foi praticado com requintes de crueldade no dia 11 de novembro de 2009, na segunda etapa do bairro Pedra 90, na casa de um dos acusados.

Robert foi morto porque quebrou o "código de honra" dos usuários de droga, usando a droga que deveria ser consumida pelo grupo. Serão julgados por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver Francisco Lima de Arruda, 21, Wellington Gonçalves, 24, o "Sapão", e Wellington Nunes Silva, 20, o "Welitinho".

De acordo com o promotor João Augusto Veras Gadelha, que atua na 1º Promotoria Criminal, não há dúvidas que o crime praticado por motivo fútil está ligado unicamente ao uso de drogas. Tanto a vítima como os 3 acusados estavam reunidos desde o dia anterior, na casa de "Sapão", para fazer uso de entorpecentes. Por volta das 19 horas, deram a Robert a missão de sair para comprar uma caixa de pasta-base de cocaína, com o dinheiro que o grupo havia levantado limpando um terreno.

A vítima saiu com R$ 50 no bolso, mas não voltou em seguida. Chegou na casa pela manhã, com uma porção mínima da droga e aparentando sinais de estar sob o efeito de entorpecentes. O fato de ter passado os companheiros para trás despertou a fúria do grupo.

Robert foi atingido primeiramente no abdome por uma faca de cozinha. Um dos acusados pegou um machado e atingiu a cabeça da vítima com a parte de trás da ferramenta, fazendo com que desmaiasse.

Em seguida, usando a lâmina do machado, deram o golpe que decapitou a vítima. Os próprios réus confessaram que uma pequena pele manteve a cabeça ligada ao corpo. Em seguida, usando um edredom, enrolaram o corpo e colocaram num tambor, ateando fogo.

Mais tarde, usando um carrinho de mão, levaram o tambor com o corpo já queimado para uma região de mata, situada ao final do bairro.

O corpo foi localizado na mata uma semana após o crime. Moradores confirmaram que haviam visto os acusados circulando naturalmente pelas ruas do bairro, com o carrinho até o local onde o corpo foi abandonado.

Os 3 acusados que foram presos logo após a descoberta do corpo serão julgados na mesma sessão do tribunal do júri e podem ser condenados a penas que variam de 12 a 30 anos de reclusão, informa Gadelha.

O promotor assegura que não tem dúvida da participação dos 3 na execução, confessada durante a fase do inquérito policial. Em juízo, o trio passou a negar a autoria, com cada um atribuindo o crime ao outro.
 





Fonte: A Gazeta

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