Sindicatos não se opõem à venda da Parmalat para grupo francês
A batalha pelo controle da maior empresa de alimentos listada em bolsa da Itália tem incentivado uma briga entre Paris e Roma, e levou o governo de centro-direita do primeiro-ministro Silvio Berlusconi a preparar um consórcio para tentar barrar a Lactalis.
"Não existem motivos para se preocupar com a Lactalis", disse o secretário nacional do sindicato Fai-Cisl, Stefano Faiotto, nesta quarta-feira, após encontro com o ministro da Indústria em Roma.
"Nossas relações com a Lactalis são positivas", disse ele à Reuters.
Os sindicatos Flai-Cgil, Uila and Fai-Cisl concordaram com o governo nesta quarta-feira de que qualquer plano para a Parmalat, independente da estrutura do controle, deve descartar a possibilidade de divisão das atividades do grupo, e precisa reforçar a posição internacional da empresa e manter sede na Itália.
"O que importa para nós é o impacto nos empregos, então se o comprador for italiano melhor ainda", disse o secretário-geral do sindicato Uila, Stefano Mantegazza, a repórteres nesta quarta-feira.
A Lactalis, terceira maior produtora de laticínios do mundo, comprou 29% da Parmalat, que possui uma valor de mercado de cerca de 4 bilhões de euros (US$ 5,8 bilhões).
A proprietária francesa de marcas de queijos italianos está pronta para assumir sua posição na importante reunião de acionistas da Parmalat, prevista para junho.
Enquanto isso, o governo italiano está trabalhando na criação de um fundo soberano para comprar fatias em empresas estratégicas, como a Parmalat, protegendo-as de ofertas hostis por acionistas estrangeiros.
O fundo deverá ser parcialmente auxiliado pela holding estatal italiana Cassa Depositi e Prestiti e ter a participação de investidores privados, como grupos de private equity e a empresa italiana do segmento de leite Granarolo.
Comentários