De acordo com Ettore, a polícia chegou a Manoel de Freitas Louvise, o homem suspeito de ter vendido o revólver calibre 38, de numeração raspada, após uma análise de peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE), que conseguiu levantar a numeração da arma. A polícia, então, descobriu o dono do revólver, de 57 anos. Na tragédia, 12 crianças morreram e outras doze ficaram feridas.
O delegado informou ainda que o suspeito confessou que vendeu a arma em setembro de 2010.
Segundo a polícia, o homem trabalhava em um abatedouro e teria sido colega de Wellington. O suspeito foi preso em cumprimento a um mandado de prisão preventiva e é acusado de comércio ilegal de arma de fogo.
Segundo o Tribunal de Justiça do Rio, o suspeito teria confessado que vendeu a arma, munição e carregadores para o atirador.
Wellington utilizou duas armas no ataque. A outra era um revólver de calibre 32. Dois homens foram presos, acusados pela polícia de negociar a compra desta arma.
Ataque premeditado
Em um vídeo recuperado pela polícia na quarta-feira (13), Wellington Menezes de Oliveira dá sinais de que estaria premeditando o massacre há alguns meses. O material estava em um HD empoeirado e fora do computador, encontrado pelos agentes na casa dele.
"A maioria das pessoas que me desrespeitam, acham que eu sou um idiota, que se aproveitam de minha bondade, me julgam antecipadamente (..) descobrirão quem sou pela maneira mais radical", diz Wellington na gravação revelada pela polícia.
Ele também comenta que “uma ação fará pelos seus semelhantes que são humilhados, agredidos, desrespeitados em vários locais, como escolas e colégios”.
De acordo com o diretor geral de Polícia Técnica e Científica do Rio, Sergio Henriques, o último acesso feito no HD foi em julho de 2010.
O crime aconteceu na quinta-feira (7). Por volta das 8h30, Wellington Menezes de Oliveira entrou na escola em Realengo atirou em salas de aula lotadas e matou 12 crianças. O atirador foi atingido por um policial e se suicidou.
Polícia vai analisar dados eletrônicos
Policiais da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) vão começar a analisar nesta quinta-feira (14) dados enviados pela Microsoft com informações de outras contas de emails e programas de mensagens, como MSN, do atirador Wellington Menezes de Oliveira, ainda não inspecionados pela polícia.
Estudantes internados
Cinco adolescentes que foram feridos durante o ataque à escola ainda permanecem internados e não estão em estado grave.
As aulas na escola serão retomadas gradativamente em até três semanas. Nos primeiros dias, a previsão é que os alunos participem apenas de atividades lúdicas e as turmas voltem às suas rotinas aos poucos.
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