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Política
Sexta - 15 de Abril de 2011 às 21:55

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O PT está longe de caminhar junto com o PSD, do prefeito Gilberto Kassab, nas eleições municipais paulistanas do ano que vem. O partido da presidente Dilma Rousseff faz oposição à administração kassabista e manterá esta postura na sucessão.

Esta diretriz deve ser aprovada neste fim de semana em debate das direções zonais da legenda, que representam regiões do município.

"Nossa estratégia é simples: construir uma candidatura do PT e definir este nome ainda este ano. Somos oposição ao governo Kassab e não tem sentido buscar apoio do partido dele nas próximas eleições", disse à Reuters o presidente do diretório municipal, Antonio Donato.

Kassab, que deixará o oposicionista ao governo federal DEM para ingressar no PSD, vem afirmando que a nova sigla pretende ajudar o governo Dilma. Para Donato, isso não tem correspondência em São Paulo.

"Não muda nada se eles são base. Uma coisa é Brasília, outra é o processo eleitoral", avaliou o dirigente, apontando pesquisa Datafolha em que 43 por cento dos paulistanos acreditam que o prefeito vem fazendo uma administração ruim ou péssima.

No documento que será discutido nas reuniões deste fim de semana, os petistas classificam o projeto de Kassab de "antagônico" e afirmam que a nova legenda é uma tentativa de construir uma alternativa ao PT, apontando como exemplo o acordo da prefeitura com o PCdoB, tradicional aliado dos petistas.

Já a escolha do nome do candidato petista deve receber a participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele vem dizendo a interlocutores que quer uma renovação no nome que disputará a prefeitura de São Paulo, mas até agora não interferiu diretamente no processo.

Segundo Donato, se o foco for a renovação, o partido analisa os nomes dos ministros Fernando Haddad (Educação), José Eduardo Cardozo (Justiça) e Alexandre Padilha (Saúde). Os deputados Jilmar Tatto, Paulo Teixeira e Carlos Zarattini também estão neste bloco. Enquanto os deputados teriam mais vivência com a cidade, os ministros estariam longe do dia-a-dia do município.

Se a opção for por nomes mais consolidados eleitoralmente, a senadora Marta Suplicy e o ministro Aloizio Mercadante (Ciência e Tecnologia) seriam as opções. A ex-prefeita Marta (2001-2004) saiu derrotada da eleição de 2008 contra Kassab, mesmo desempenho que teve contra José Serra (PSDB) em 2004.

Tantos nomes sugerem a realização de um prévia, o que foi descartado pelo presidente do PT paulistano. "Vamos tentar resolver no debate", disse.

Pelo PSDB, José Serra tem sido apontado como possibilidade, recebendo a promessa de apoio do PSD. Se ele não concorrer, o vice-governador de São Paulo, Guilherme Afif Domingos, é opção pela nova sigla.

(Edição de Tatiana Ramil)





Fonte: Reuters

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