Senador Pedro Taques assume direção e pede o novo procedimento
PDT cobra ficha limpa

Taques assumiu oficialmente a presidência do partido após gravar as primeiras inserções como dirigente e que o PDT levará para rádio e TV nos próximos dias. A polêmica proposta de exigir ficha limpa dos novos filiados e candidatos, segundo ele, se deve ao fato de que isso já estaria implicitamente prevista no estatuto partidário.

O senador falou das metas durante entrevista coletiva concedida ao lado da nova comissão provisória nomeada no mês passado pelo presidente em exercício do PDT, Manoel Dias. "Queremos interiorizar o partido. Já tivemos um crescimento na última eleição, mas precisamos continuar nesse caminho seguindo critérios éticos", afirmou Taques ao defender a exigência de ficha limpa de novos filiados, ou seja, proibir a adesão de pessoas já condenadas pela Justiça, o que a Justiça adotará a partir das eleições municipais de 2012 para candidatos julgados em órgãos colegiados.

Além de Taques, a nova comissão provisória do PDT conta com o deputado estadual Zeca Viana (vice-presidente), Hélio Silva (secretário-geral) e José Catanante (tesoureiro), além da prefeita Maria Izaura, de Alta Floresta, o ex-deputado Otaviano Pivetta, o vice-prefeito Wilson Kishi, de Cáceres, e os militantes Iliseu Kosiel, Idail Trubaian, Márcio Pandolfi e Miguel Ourives Neto.

Atualmente, o PDT conta com 26 diretórios municipais sem renovar os membros, assim como 49 comissões provisórias e 10 em atividade. A sigla vinha sendo presidida pelo ex-deputado e empresário Otaviano Pivetta.

Taques promete também levar a exigência da ficha limpa para outros níveis: governo federal, estadual e prefeituras. Ainda avalia como proceder nesse sentido. "O PDT ainda não tem uma posição fechada sobre isso, mas eu sou particularmente favorável". A proposta já é adotada pelo PV.

Articulações - Uma das grandes missões que Taques vai enfrentar se refere às alianças nos municípios. Ele defende a manutenção da coligação com o PPS e PSB, que apoiou o empresário na disputa ao governo do Estado em 2010 e tem sinalizado em permanecer na oposição ao PMDB do governador Silval Barbosa. Muitos filiados nos municípios querem participar do grupo governista de olho na eleição de 2012. "Cada dirigente pode ter uma opinião, mas isso é apenas uma opinião e no final vamos respeitar as peculiaridades locais", afirma Zeca Viana.