"O tribunal administrativo ordenou a dissolução do PND e o confisco de seus fundos. Sua sede e seus bens serão transferidos para o governo", declarou a fonte.
Inúmeros ex-dirigentes ou membros intermediários do PND foram acusados de corrupção e vários deles estão presos. Outros ex-líderes abandonaram o grupo e planejam criar um novo partido.
É o caso de Hosam Badrawi, nomeado pelo ex-presidente Hosni Mubarak como presidente do partido no início de fevereiro, mas que renunciou logo depois diante da negativa de Mubarak de abandonar o poder, apesar dos protestos massivos contra o regime.
Fundado pelo ex-presidente Anuar Sadat, quando ele foi assassinado o PDN passou a ser dirigido pelo ex-presidente Hosni Mubarak, que abandonou o poder no dia 11 de fevereiro, após semanas de mobilização popular contra seu regime.
O ex-partido governante dominou a vida política egípcia durante as três últimas décadas, graças a numerosas fraudes eleitorais denunciadas no Egito e no exterior.
Segundo várias fontes, a audiência foi realizada neste sábado com a presença do presidente do partido, Talaat Sadat, sobrinho do presidente assassinado, e foi seguida por uma manifestação de opositores que gritaram "o PND é ilegítimo".
Os que ainda não abandonaram o partido esperam poder se apresentar com outras siglas nas eleições legislativas previstas para setembro, garantindo ter cortado qualquer relação com os antigos líderes corruptos e após se desculpar perante os egípcios pelos "erros do partido".
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