Marcelo Nascimento virou livro e filme; ele está preso em Cuiabá
Maior golpista do país é absolvido em Barra do Bugres
O estelionatário Marcelo Nascimento da Rocha, também é um homem de sorte. Além de ter tido um livro escrito sobre suas peripécias - Vips Histórias Reais de um Mentiroso, que foi adaptado e virou filme - ele ainda foi inocentado do crime de associação ao tráfico e drogas, ocorrido há quase 10 anos em Barra do Bugres.
A sentença é do juiz da Comarca de Tangará da Serra, Marcelo Sebastião de Moraes, e publicada ontem (15). Na época, a Polícia apreendeu 180 quilos de cocaína ele foi acusado de ser contratado para pilotar um Cesna PT - JFW utilizada no transporte de 180 quilos de cocaína que veio da Colômbia. A droga foi apreendida no dia 9 de setembro em poder de Hélio Amâncio, preso em flagrante. Além dele, mais quatro pessoas foram presas por tráfico.
O advogado de Marcelo, Bento Filho afirmou que não havia provas para a condenação de Marcelo. "Acusar é fácil provar é mais difícil No caso da suposta acusação nada foi provado e a defesa sempre trabalhou e acreditou que ele seria absolvido", destacou.
Personalidade "vip"
Marcelo ficou conhecido nacionalmente devido o fato de ter se passado pelo filho do dono da Gol no famoso evento Recifolia, entre tantos golpes. Ele chegou a aparecer no programa Amaury Junior como sendo um dos herdeiros da Gol.
A droga veio da Colômbia e ficou escondida numa fazenda próxima para ser abastecida e seguiria para o Estado de São Paulo e seria transportada por Marcelo que também é piloto e estaria a serviço de traficantes bolivianos. Acontece que o carregamento foi apreendido ainda em Barra do Bugres.
Conforme o juiz de Tangará da Serra, não existem provas suficientes para a condenação de Marcelo. Mesmo com a absolvição, Marcelo continuará preso na Penitenciaria Central do Estado.
Marcelo está condenado a 24 anos de prisão, que é a soma de oito sentenças de golpes aplicados nos Estados de Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina e Paraná.
Em 2002, ele aplicou seu maior golpe ao liderar uma rebelião no presídio de Bangu (RJ) e de ter se passado por um líder do Primeiro Comando da Capital (PCC). A partir dessa façanha, ele foi transferido para Porto Velho e posteriormente, Cuiabá.
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