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Política
Segunda - 18 de Abril de 2011 às 17:56
Por: SANDRA COSTA

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O presidente da Assembleia Legislativa, deputado José Riva (PP), concedeu entrevista nesta segunda-feira (18.04) ao programa Cidade Independente da rádio Cidade, 94.3 FM, comandado por Edivaldo Ribeiro, com participação de Dirceu Carlindo. Na oportunidade, o parlamentar falou sobre as ações do Legislativo com relação ao Governo e também a respeito da possibilidade de mudar para uma nova sigla: o Partido Social Democrático (PSD). 

“Essa nova composição do Parlamento, em que pese a renovação não foi tão grande assim (são apenas 10 deputados novos), ajuda muito mais o governo fazendo um contraditório e contraponto sério”, declarou Riva, citando que a Casa de Leis neste ano já derrubou um decreto da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz), a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as licenças emitidas pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) para concessão de usinas. “Este é um setor que gera divisa para o estado e que está perdendo credibilidade. A Assembleia dará uma grande contribuição para aperfeiçoar a legislação. Temos a obrigação se não de acabar, pelo menos inibir a especulação nesta área”, aponta.

O deputado também citou a auditoria na Secretaria de Estado de Educação (Seduc) na qual foi contratada a empresa Price Auditória. “É uma empresa séria e de renome no mercado que fará uma auditoria acima de qualquer suspeita”. Ainda citou como contraponto a discussão sobre mobilidade urbana envolvendo o Bus Rapid Transit (BRT) e outros modais de transporte sobre trilhos.

“Quando a Assembleia faz esse contraponto, às vezes, é mal entendida. Corremos risco de chegar em 2014 e lamentar o que não foi feito. A nossa defesa é por um modelo moderno. Não é possível que queiramos em Cuiabá, com ruas apertadas, um modelo central como o BRT ao invés de um sistema mais correto e limpo. O BRT pode ser importante para alimentar o sistema central”, afirma Riva lembrando que na última reunião com o governador Silval Barbosa (PMDB), os 16 deputados presentes defenderam o Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT).

Neste sentido, reafirmou as vantagens do VLT que só renova a frota a cada 30 anos e o BRT em sete anos. “O BRT será um sistema saturado em três anos e muito mais caro. E sobre o preço da passagem, primeiro, que não teve vontade política de fazer um estudo mais aprofundado. À época, cobrei o Blairo Maggi (governador) umas sete vezes e depois fiz uma audiência pública”, destacou o deputado citando que há 10 anos o então prefeito Roberto França quis implantar o VLT.

POLÍTICA – Sobre a assinatura apoiando a fundação do PSD, mais uma vez afirmou que não significa desfiliação. Argumentou que é a oportunidade de reunir o grupo de companheiros que estão em outros partidos, sem que estes percam o mandato. “Além de evitar um problema numa futura eleição de prefeito. Por exemplo, em Colniza temos como companheira a prefeita Nelci Capitani, do DEM, e se sair um candidato do PP lá, como faço para apoiá-la?”, indaga.

José Riva disse que ainda não decidirá seu futuro político sem antes consultar a sua base. “Tenho, no mínimo, 200 pessoas para conversar. Quero fazer isso até o final do próximo feriado. É difícil tomar uma decisão sozinho. Tem que ser respaldada pela maioria para depois não termos problema de consolidar o partido”. Se for criado, o PSD surge em Mato Grosso com mais de 30 prefeitos, mais de 300 vereadores e com uma bancada de cinco ou seis estaduais, e dois federais, sendo um dos três maiores do estado.

A cerca do seu relacionamento com o deputado federal Pedro Henry, atual secretário de Estado de Saúde, disse que não há divergências. Porém, em sua opinião, Henry enquanto secretário iniciou o processo de discussão do novo modelo de gestão pelas Organizações Sociais (OS) de forma errada, pois ele necessitaria do apoio dos médicos e conselho para evitar os atuais conflitos.

Questionado sobre a situação política de Várzea Grande, no qual o prefeito Murilo Domingos foi afastado do cargo, Riva disse que é necessária a Câmara e a Prefeitura para que o município não seja prejudicado. “O que mais a cidade precisa hoje é de unidade na classe política”, opinou Riva afirmando que convidou o vice-prefeito Tião da Zaeli (PR) para ingressar no PSD.

Riva ainda disse que não decidiu sobre a possibilidade de disputar um cargo majoritário. Afirmou que pretende dar uma contribuição a Mato Grosso, ajudar os companheiros a fundar um partido forte. “Estou fazendo uma reflexão na política. Não tenho mais pretensão de ser deputado estadual. São 26 anos de política, sendo 20 anos ininterruptos como estadual”, concluiu.

 






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