Após ter chegado a testar o piso de 65 mil pontos, o Ibovespa recuperou-se levemente no final da tarde, antes de fechar em baixa de 1,9 por cento, 65.415 pontos. O giro financeiro da sessão somou 9,99 bilhões de reais. Desse montante, 2,45 bilhões de reais foram do exercício de opções.
O dia já prometia ser ruim desde o início, após a China ter elevado os níveis de depósitos compulsórios dos bancos pela quarta vez este ano, para tentar conter o ritmo da economia.
Na Europa, investidores também repercutiram declarações de autoridades econômicas da zona do euro de que a Grécia pode ser forçada a uma reestruturação de sua dívida e temores de que Portugal não receba ajuda financeira.
Mas o que parecia ruim ficou pior quando a agência de classificação Standard & Poor"s avisou ter colocado o rating triplo A dos Estados Unidos em perspectiva negativa.
A S&P afirmou que os EUA são o único país desenvolvido que emergiu da crise sem um plano de contenção de gastos no médio prazo. "E problemas políticos no Congresso tornam difícil a criação desse plano, uma vez que democratas e republicanos têm ideias diferentes de como implementá-lo", comentou o economista-chefe do Banco Fator, José Francisco de Lima Gonçalves.
No plano doméstico, um evento corporativo adicionou pressão aos negócios. OGX, uma das principais componentes do Ibovespa, desabou impressionantes 17,2 por cento, a 16,26 reais, após a companhia ter decepcionado o mercado na sexta-feira à noite com um relatório da certificadora DeGolyer and MacNaughton (D&M) sobre suas reservas de petróleo.
A queda do preço internacional do petróleo só piorou as coisas. Além de OGX, alvejou também o papel preferencial da Petrobras, que caiu 3,92 por cento, a 25,49 reais.
Alguns papéis de empresas mais ligadas ao mercado doméstico, contudo, tiveram um dia positivo.
CPFL Energia, a melhor do índice, subiu 3,76 por cento, a 47,17 reais. A empresa informou no domingo que está mantendo negociações com a produtora de energia renovável Ersa, dias após ter anunciado a compra de um conjunto de parques eólicos no Brasil por 1,56 bilhão de reais.
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