Empresa deverá corrigir as falhas. Promotoria do Patrimônio Público poderá abrir investigação no caso.
Asfalto de trecho da estrada que vai para Chapada está afundando
Menos de seis meses depois de pavimentado, um trecho de 12 quilômetros da rodovia que liga Cuiabá a Chapada dos Guimarães começa a apresentar problemas. Quem passa pelo local recém-liberado para o trânsito vê que o asfalto está afundando. O governo gastou cerca de R$ 1 milhão apenas neste trecho, vai cobrar uma ação rápida da empresa responsável pela obra, mas admite que pode ter havido falhas na fiscalização.
A duplicação da rodovia MT-251 que liga Cuiabá a Chapada teve o início das obras concluído. Em um ponto da rodovia, o asfalto sumiu e o que sobrou parece estar derretendo. Além dos buracos em outros trechos, a pista está com um desnível. "Isso contribui para provocar acidentes, acaba deteriorando os veículos e a conta quem paga é a população", reclamou o motorista Gidário dos Santos.
A duplicação dos 62 quilômetros que ligam Cuiabá a Chapada teve início em novembro de 2009, mas a obra foi paralisada um mês depois porque não tinha licença ambiental. O documento só saiu em junho do ano passado, quando os trabalhos foram retomados. Em novembro, o trânsito foi liberado na primeira etapa já concluída.
A empresa responsável pela obra terá que corrigir todas as falhas detectadas antes de fazer a entrega oficial da obra. "Esses problemas que surgiram, detectados visualmente após a conclusão dessa capa asfáltica, são problemas que terão que ser sanados pela empresa", observou Zenildo de Castro Filho, superintendente de Obras e Transportes de Mato Grosso. O governo admite que também houve falhas na fiscalização. "Nós temos ensaios de laboratório que detectam se está bem ou mal compactado. Se a fiscalização passou batida, é um erro da fiscalização", completou Zenildo.
O diretor da construtora Cavalca, Arlindo Cavalca Filho, informou que os eventuais problemas na obra serão corrigidos antes da entrega para o Estado. Ele admitiu que existe deficiência na drenagem do trecho. Por meio da assessoria, a Promotoria do Patrimônio Público afirmou que, se forem constatadas irregularidades, vai abrir uma investigação.
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