Em 2010, 80% das empresas de serviços essenciais sofreram pelo menos um ataque de negação de serviço, enquanto um quarto delas afirmou que esses ataques foram diários ou semanais. É o que aponta o resultado da pesquisa No escuro: empresas de serviços essenciais enfrentam ataques cibernéticos, realizada pela McAfee e o instituto Center for Strategic and International Studies (CSIS), que entrevistou 200 executivos de empresas relacionadas à infraestrutura crítica, como as redes de energia elétrica, petróleo, gás e água.A pesquisa mostra que 25% das empresas pesquisadas foram vítimas de extorsão por meio de ciberataques e 85% sofreram infiltrações de rede. Cerca de 30% dos entrevistados acreditam que estão despreparados para um possível ataque, mesmo que mais de 40% deles esperem ameaças de grandes proporções neste ano, o que incluiria, um ataque que causasse graves perdas de serviços por pelo menos 24 horas, perda de vidas ou lesões corporais ou a falência de uma empresa. "Nós descobrimos, em relação ao ano passado, que a adoção de medidas de segurança em importantes infraestruturas críticas não acompanhou o acelerado aumento das ameaças virtuais¿, diz o especialista responsável pelo estudo, Stewart Baker, em comunicado.
O estudo mostra que as empresas fizeram poucos avanços com relação à segurança das redes de 2009 para 2010. O setor de energia elétrica, por exemplo, aumentou a implementação de tecnologias de seguranças em apenas um ponto percentual, enquanto os setores de petróleo e gás natural aumentaram em três pontos.
A pesquisa, realizada em 14 países, entre eles o Brasil, aponta que muitos países estão atrasados em relação à adoção de medidas de segurança. Brasil, França e México implementam apenas metade das medidas adotas, por exemplo, na China, no Japão e na Itália, mostra o estudo. Executivos da China e do Japão relataram níveis elevados de interação formal e informal com o setor público sobre temas de segurança, enquanto os EUA, a Espanha e o Reino Unido indicaram pouco ou nenhum contato.
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