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Polícia
Quarta - 20 de Abril de 2011 às 18:00
Por: Aluizio Freire

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Cassetete elétrico do Nem apreendido na Rocinha (Foto: Aluizio Freire/G1)
Cassetete elétrico que seria usado por Nem foi
apreendido pela polícia na Rocinha na terça (19)
(Foto: Aluizio Freire/G1)

Além das cerca de três toneladas de maconha apreendidas, outro objeto encontrado na Favela da Rocinha, na Zona Sul do Rio, chamou a atenção dos agentes que participaram da operação da Polícia Civil: um cassetete elétrico que seria usado pelo traficante Antonio Francisco Bonfim Lopes, o Nem da Rocinha, para amedrontar e torturar seus desafetos com choques. Na operação realizada na terça-feira (19) na favela, 11 suspeitos foram presos.

A informação sobre o uso do instrumento de tortura já constava da investigação, através de escutas telefônicas autorizadas pela Justiça para monitorar o criminoso e sua quadrilha.

Luxo na casa de traficante
Na operação, a polícia ainda constatou o luxo ostentado pelo traficante dentro da favela. Em sua casa, na localidade Cachopa, os agentes apreenderam um moderno home theater, com TVs de LCD, aparelhos de som importados e computadores.

“Ele consegue ter um padrão de vida alto graças aos lucros da venda de drogas e domínio de outros negócios ilegais, explorando a comunidade, como a venda de sinal clandestino de TV a cabo”, afirmou o delegado Rafael Willis, titular da Polinter, que vai concentrar as investigações nas empresas de fachadas, usadas para lavar dinheiro do criminoso.

Home theater do Nem da Rocinha (Foto: Aluizio Freire/G1)
Aparelhos eletrônicos apreendidos na casa de
Nem foram apresentados pela polícia nesta quarta
(Foto: Aluizio Freire/G1)

Segundo o delegado, o camelódromo dentro da favela, onde também foram apreendidos mídias piratas, é usado para fortalecer o faturamento do tráfico. A investigação vai utilizar análises do núcleo de lavagem de dinheiro da Polícia Civil para identificar as empresas ligadas ao traficante.

“São pequenos comércios com um faturamento muito alto”, disse o delegado. Entre os negócios suspeitos estão uma fábrica de gelo e um lava a jato.

Uma das primeiras medidas da investigação foi quebrar o sigilo fiscal e bancário dos donos das empresas. “Já verificamos que as receitas desses comércios, aparentemente legais, são incompatíveis com o patrimônio de seus donos”, acrescentou Willis.





Fonte: Do G1 RJ

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