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Política
Quarta - 20 de Abril de 2011 às 19:26

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A prisão da promotora Deborah Guerner e do marido dela, Jorge Guerner, nesta quarta-feira, não foi motivada pela Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal, que investiga o suposto pagamento de propina a políticos e empresários do Distrito Federal - o mensalão do DEM. Segundo informou a Procuradoria Regional da República da 1ª Região (PRR1), o casal Guerner teve a prisão preventiva decretada por suspeita de formação de quadrilha e falsificação de documentos, delitos que teriam sido praticados em São Paulo.

Jorge e Deborah passaram por um exame de corpo delito no Instituto Médico Legal (IML) de Brasília no início da tarde de hoje. Após o exame, ambos voltaram para a Superintendência da PF, de onde Jorge Guerner foi encaminhado para a penitenciária da Papuda, por não ter curso superior e, consequentemente, direito à cela especial. A PF, no entanto, corrigiu a informação e levou Guerner de volta à Superintendência, onde há cela especial.

O psiquiatra de Deborah também teria sido preso pela Superintendência Regional da Polícia Federal em São Paulo. O médico e a paciente estariam em um vídeo onde ele a orienta a fingir ataques de nervos e enganar a junta médica do Ministério Público do Trabalho no DF sobre sua incapacidade para o trabalho. A PF não confirma essa prisão.

No Distrito Federal, Deborah Guerner é acusada de extorquir dinheiro do ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda para poupá-lo de investigações sobre irregularidades no trato do dinheiro público, como autorizar contratos sem licitação e receber propina. O outro denunciado é o ex-procurador-geral de Justiça do DF Leonardo Bandarra, que também teria se beneficiado do esquema de corrupção.

Em relação à Caixa de Pandora, uma nova denúncia feita na última sexta-feira pelo procurador Ronaldo Albo afirma que a promotora teria cometido fraude processual ao simular insanidade mental para não ser punida pelos crimes pelos quais responde. O MP afirma que há documentos que comprovam que ela chegou a treinar com um psiquiatra para parecer insana diante das autoridades. A juíza Mônica Sifuentes, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, ainda vai decidir se aceita a nova acusação contra Guerner.






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