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Política
Quarta - 20 de Abril de 2011 às 19:44
Por: Julia Munhoz

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Julia Munhoz/Olhar Direto

A Operação Ergástulo desencadeada pelo Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) na manhã desta quarta-feira (20), trouxe a tona algo que, de certa forma, já vinha sendo divulgado pela imprensa, a grave fragilidade do sistema prisional de Mato Groso. De acordo com os promotores do Ministério Público Estadual (MPE) se não forem tomadas medidas imediatas na tentativa de solucionar a problemática o Estado corre sério entrar em colapso.

“O governador precisa reunir o secretariado, autoridades policiais, Judiciário para fortalecer, aparelhar, treinar novo efetivo e construir novos presídios, sob pena de o Estado perder o controle da situação”, afirmou o procurador de Justiça Paulo Prado, coordenador do Gaeco.

O esquema que fomentava a entrada de drogas, armas, celulares e bebidas na Penitenciária Central do Estado, Pascoal Ramos, resultou na prisão de três policiais militares, três agentes prisionais e traficantes, que também serão investigados pelo possível envolvimento em fugas de detentos.

O promotor do MPE, Sérgio Silva da Costa, responsável pelas investigações, ressaltou que a prisão dos servidores públicos não significa que todo o sistema prisional está contaminado, mas revela uma grave fragilidade.

“Não foi vislumbrada a participação da direção do presídio, que, inclusive auxiliou nos trabalhos de investigação. O que foi constatado de fato é a incapacidade de visualizar com precisão a conduta dos agentes”, argumentou Sérgio.

Recentemente o próprio secretário de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), Paulo Lessa, admitiu que o sistema prisional do Estado ‘beira o caos’ e que o pouco efetivo e a corrupção são os principais facilitadores para a entrada de drogas e celulares nos presídios.

 






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