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Internacional
Quinta - 21 de Abril de 2011 às 22:00

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O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, está sob pressão para reintegrar ao cargo o ministro de Inteligência do país, Heidar Moslehi.

O episódio revela uma aparente luta de poder no governo do país. Ahmadinejad aceitou a renúncia de Moslehi no domingo, mas o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, ordenou que o ministro permanecesse no cargo.

E, na quarta-feira, mais de dois terços dos 290 parlamentares do Irã assinaram uma declaração advertindo Ahmadinejad a obedecer a ordem de Khamenei.

"Substituir o ministro da Inteligência... não é do interesse do país, de maneira nenhuma", afirmava a declaração do Parlamento, que foi lida na rádio estatal iraniana.

Alguns analistas afirmam que clérigos iranianos acreditam que Ahmadinejad tem poder demais no país, e que esta seria uma tentativa de diminuir sua influência.

No entanto, segundo o correspondente da BBC no Irã James Reynolds, o envolvimento de Khamenei na questão pode não ser sinal de uma discordância entre o presidente e o líder supremo do país, apenas uma advertência.

Logo depois das eleições presidenciais de 2009, Ahmadinejad cedeu à pressão do líder supremo para descartar o nome de um de seus homens de confiança, Esfandiar Rahim Mashaei, para ser o vice-presidente.

Apesar de nenhuma razão oficial para a renúncia de Heidar Moslehi ter sido apresentada, o ministro parece ter deixado o cargo depois de ter demitido uma autoridade iraniana ligada a Mashaei.

Mashaei, cuja filha é casada com o filho do presidente, tinha discordado de políticos iranianos linha-dura antes.






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