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Cidades
Quinta - 28 de Abril de 2011 às 13:10

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A mulher de 39 anos apontada como mãe do bebê abandonado em uma caçamba em Praia Grande (litoral de São Paulo) está na delegacia para prestar depoimento na manhã desta quinta-feira. Ela deve ser ouvida pelo delegado Flávio Magario, que cuida do caso, e pela delegada Rosemar Cardoso Fernandes, da Delegacia de Defesa da Mulher.

Imagens de câmeras de segurança registraram o momento em que a mulher coloca o bebê no lixo, por volta das 21h50 do dia 18. Um catador que revirava o entulho encontrou a criança e pediu ajuda a um professor de uma escola das proximidades.

Pesando aproximadamente 2,5 kg, a menina deu entrada na UTI com um processo infeccioso, teve o quadro controlado e já ganhou 430 gramas.

A mulher foi detida no sábado (23) após uma denúncia anônima, e prestou depoimento em seguida. Ela confessou ter abandonado a menina e disse que não tem condição de cuidar dela porque ganha R$ 600 mensais.

Everton Ribeiro, advogado da mulher, diz que sua cliente sofre de depressão pós-parto e deve pedir a guarda da criança. "É um estado pós-parto que se inicia e se finda. Tendo um tratamento adequado vai se findar. E mãe é mãe."

PAI

Um vigia de 58 anos apontado como pai da bebê confirmou ter tido "um casinho de pouco tempo" com a mãe e assumiu a paternidade da criança.

Ele prestou depoimento à polícia na segunda-feira (25) e disse, no entanto, que não sabia que a mulher estava grávida --ela afirma ter contado a ele no quarto ou quinto mês de gestação. O homem, que classificou como "terrível" o abandono da menina, afirmou que vai ficar com a criança.

O vigia afirmou que foi pego de surpresa pelo ato da mãe da bebê, e disse que ficou sabendo do abandono na Sexta-Feira Santa, dois dias após a divulgação de um vídeo que flagrou o momento em que a mulher joga a criança. Instantes depois um homem encontra a criança na caçamba e pede ajuda.

Segundo o delegado Flávio Magario, que cuida do caso, a polícia investiga outras denúncias de que a mulher teria dado à luz outras crianças e as enviado para adoção ilegalmente, sem passar pelo sistema judicial.

"Vamos tentar levantar se ela teria levado a criança para a adoção ou se houve a destituição do pátrio poder [guarda] e a colocação da criança em um lar substituto. Se for esse último caso, é um indicativo da sua personalidade, de como ela conduz a maternidade", afirmou Magario.






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