Costa prefere liderança no Senado a ser presidente do partido

"Assumi uma responsabilidade com a bancada no Senado. Não gostaria de interromper esse trabalho", disse Costa à Folha.

A declaração ocorre depois do senador dizer, na reunião de ontem, que não estava na disputa pela presidência do PT, mas se colocava à disposição do partido.

A sucessão à presidencia do PT assume um tom urgente após o presidente licenciado José Eduardo Dutra ter dito ontem, em encontro privado com a presidente Dilma Rousseff, que renunciaria amanhã para tratar de problemas de saúde.

Licenciado desde 22 de março, Dutra sofre de depressão agravada por problemas neurológicos.

Na conversa, segundo interlocutores de Dutra, Dilma quis saber sobre seu estado de saúde. Mas, dizendo-se informada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre sua decisão de não voltar ao comando do partido, não insistiu para que se mantivesse à frente da legenda.

Amanhã, Dutra fará um relato sobre seu estado de saúde ao PT. Mas não presidirá a reunião do Diretório.

Na reunião de cúpula, comando petista avaliou duas alternativas para a substituição de Dutra: a permanência do vice-presidente Rui Falcão à frente da sigla até setembro ou a indicação definitiva do líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), para o cargo.

Cotado para permanecer até o congresso, previsto para setembro, Falcão também participou da conversa. Há divergências no partido sobre o melhor modelo para a sucessão. A decisão será anunciada no sábado.