Advogado de mãe que jogou bebê no lixo deixa o caso
O advogado Everton Ribeiro Alves da Silva, que defendia a mulher flagrada ao jogar sua filha recém-nascida no lixo em Praia Grande (no litoral de São Paulo), informou, no final da manhã desta quinta-feira (28), que está deixando o caso. A afirmação foi feita logo após Silva encontrar com Rosineide Salles Lins na delegacia da cidade, onde ela prestou depoimento na manhã desta quinta.
A afirmação foi feita logo após Silva encontrar com Rosineide Salles Lins na delegacia da cidade, onde ela prestou depoimento na manhã desta quinta. O advogado contou que abandonou o caso, a pedido da própria Rosineide, porque ela pretende entrar com uma ação contra a casa de repouso em que trabalhava. Silva foi contratado pela casa de repouso para defender Rosineide.
Segundo Silva, que entrou e saiu da delegacia em poucos minutos, Rosineide teria afirmado à polícia nesta manhã que o excesso de horas extras de trabalho a impossibilitava de cuidar dos filhos.
- As declarações que ela dará à polícia podem ir contra os interesses da clínica de repouso à qual eu represento com advogado.
Ao contrário do que tinha dito quando assumiu o caso, Silva afirmou, nesta quinta, que Rosineide aparenta passar bem, “está bastante lúcida”, sem sinais de depressão pós-parto.
- Ela parece estar restabelecida.
No contato de poucos minutos com a ex-cliente, ele disse que a mulher também estava arrependida e negou que Rosineide tenha tentado matar a criança asfixiada. No início da manhã, a delegada titular da DDM (Delegacia de defesa de Mulher) de Praia Grande, Rosimar Cardoso Fernandes, disse que Rosineide também pode ser indiciada por ocultação de cadáver. A delegada, que participa da investigação do caso, afirmou acreditar que mulher tenha tentado asfixiar a criança ao colocá-la em uma sacola plástica antes de jogá-la em uma caçamba de lixo. A hipótese foi negada pelo advogado.
- A sacola plástica estava do pescoço para baixo.
A partir de agora, a defesa de Rosineide será feita por Rangel Bori, indicado pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), em Praia Grande. A informação foi confirmada pelo delegado Flávio Magario, responsável pelo caso.
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