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Economia
Quinta - 28 de Abril de 2011 às 16:48

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Mais de 90% dos juízes federais aderiram à paralisação da categoria, segundo nota publicada no site da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) na quarta-feira. Inicialmente com 83% de adesão, novos magistrados se juntaram à iniciativa após uma decisão do Conselho da Justiça Federal (CJF) de descontar a remuneração de quem não trabalhar. Para o presidente da Ajufe, Gabriel Wedy, há um precedente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que diz que antes do desconto, deve haver a compensação desse dia trabalhado em plantão e no final de semana".

No auditório da Justiça Federal, em Brasília, cerca de 200 juízes compareceram a um ciclo de palestras em protesto de reivindicações. "Em 2005, lutamos para que fosse criado o teto constitucional, abrindo mão de gratificações, com a promessa de que ele seria reajustado anualmente de acordo com a inflação. Desde então, houve apenas uma atualização de 8%, quando os índices inflacionários medidos no período foram de 30%", afirmou Wedy.

Segundo Wedy, a paralisação não é uma greve, as portas da Justiça Federal estavam abertas e os casos de urgência seriam atendidos. Segundo ele, os quatro principais pontos da reivindicação são: mais segurança, ampliação do segundo grau da Justiça Federal e estruturação das Turmas Recursais, simetria com o Ministério Público e revisão do teto constitucional moralizador.

O vice-presidente da Ajufe, Tourinho Neto, disse houve uma paralisação há 10 anos. "O presidente do STF à época não acreditava que podíamos ir à greve e, inclusive afirmava que juiz não faz greve, porém nosso movimento foi empolgando e fizemos sim uma paralisação seguida de greve".

Presidente da Procuradoria cogita paralisação
Presente no ato, o presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República, Antônio Carlos Bigonha disse: "deveremos paralisar também nos próximos dias". Segundo ele, desde 2007 que o governo diz que não tem orçamento para o reajuste do subsídio da categoria, "porém este mesmo governo resolveu por medidas provisórias todos os reajustes de seus quadros".

Ele disse ainda que o ato dos magistrados federais "é importante para mostrar ao governo que é preciso estabelecer um canal sincero de negociação no lugar do empurra-empurra que há hoje". "Queremos um debate democrático e o cumprimento dos compromissos".





Fonte: Terra

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